OS ANIMAIS TAMBÉM AMAM: ALTRUÍSMO E SOLIDADRIEDADE NO MUNDO ANIMAL - O GRANDE EXEMPLO DOS ELEFANTES


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OS ANIMAIS TAMBÉM AMAM: ALTRUÍSMO E SOLIDADRIEDADE NO MUNDO ANIMAL

Dos gigantes elefantes, que mantêm laços de família por toda a vida, às pequenas formigas, que garantem a estabilidade da sua sociedade perfeita, defendendo acirradamente o privilégio reprodutor da rainha, à fidelidade dos lobos e castores, George Stilwell revela-nos a vida afetiva dos animais, tema do seu mais recente livro: Quando os macacos se apaixonam.
Os animais também amam?
_Penso que sim, talvez não da maneira que entendemos o amor, mas acho que, quando se dedicam e sacrificam até a própria vida para proteger aqueles a quem estão ligados, isso é uma prova de amor.
Subjacente às relações «afetivas» e sexuais está sempre a continuação da espécie?
_São as hormonas a trabalhar. Não fazem propriamente planos a dois para deixar descendência, mas de facto a reprodução e a necessidade de transmitir os genes é a grande razão. Daí que defendam a sua prole contra tudo e contra todos. Os leões macho, por exemplo, que protegem as suas crias, muitas vezes até à morte, quando invadem o território de outro macho, geralmente matam-lhe as crias.
E matam-nas porquê?
_Para que as fêmeas entrem em cio e possam procriar mais cedo. Ou seja, na natureza, o objetivo é beneficiar o mais apto e o mais forte, mesmo que algumas vezes de uma maneira um bocado cruel.
Quando falou nas hormonas a trabalhar, lembrei-me dos humanos quando se apaixonam. Tem alguma coisa que ver?
_Sim, a paixão, também nos humanos, tem muito que ver com as hormonas que, sem darmos por isso, comandam muito a vida. São substâncias mínimas, mas que podem mudar completamente o comportamento de uma pessoa.
O reino animal e as relações afetivas que nele se estabelecem são a prova de que a monogamia não é natural?
_A monogamia, como a entendemos nos humanos, para toda a vida, é muito rara na natureza. Tem-se comprovado que nem os gansos, os cisnes ou as cegonhas, apontados como exemplo, são totalmente de confiança. Há, de facto, uma maior tendência para se juntarem em casais que se mantêm de uma época reprodutiva para a outra, mas há várias provas de que estão longe do casamento perfeito, até que a morte os separe. Na verdade, a monogamia tem uma desvantagem evolutiva: reduz a diversidade genética que acontece quando há maior cruzamento entre códigos genéticos.
Entre os animais, quais diria que são os mais fiéis?
_Há o caso de um pequeno roedor, que é considerado como o campeão da fidelidade. Apesar de já terem sido descobertas escapadelas, o macho dedica-se toda a vida à fêmea com a qual perdeu a virgindade. Os lobos também são bastante fiéis, assim como os castores. Os gansos fazem migrações até muito longe e sempre em casal. Já as cegonhas, o grande exemplo, porque as vemos ano após ano em cima da chaminé e parecem o mesmo casal, sabe-se hoje, com as anilhagens e alguns testes, que o macho é o mesmo mas a fêmea vai mudando.
Também entre os animais são os machos que saltam mais a cerca, não?
_Há sempre essa ideia, mas por exemplo entre algumas aves tem-se provado que não. As fêmeas às vezes têm dois ninhos, com dois machos diferentes. Os testes de ADN vieram estragar tudo, também no reino animal. Graças a estes, descobriu-se que nos ninhos de algumas fêmeas, o pai, ou seja, o macho que esteve o dia todo a cuidar e alimentar, muitas vezes não é o pai. Felizmente, eles não se apercebem.
É sempre o macho que seduz a fêmea?
_Grande parte das vezes, sim. O macho faz a sua exibição e seduz a fêmea, e, como digo no livro, geralmente a escolha veste saias. É a fêmea que escolhe, para se reproduzir, o macho mais bonito, o que canta melhor, o mais forte.
Os comportamentos homossexuais no reino animal, mais frequentes do que se imaginava, indiciam que afinal não é só a reprodução que leva os animais a acasalarem?
_Não se percebe bem porque surgem esses comportamentos, se é um desvio do comportamento natural, se são as tais hormonas... Às vezes, é por engano, porque o macho se assemelha à fêmea, mas poderá também ter que ver com relações de poder, por exemplo nos primatas: o macho mais subalterno mostra submissão, adotando posições sexuais que o dominante aproveita. A ciência ainda não tem explicação para este comportamento.
Às vezes, quando aparecem notícias de mães que abandonam os filhos ou os tratam mal, há a tendência para dizer que os animais têm mais instinto maternal do que os humanos. É assim?
_Quando falamos de animais, temos sempre de pensar nas diferenças de classe. As enguias não têm qualquer instinto maternal, põem os ovos, vão-se embora e as crias que se desenrasquem. Entre os animais superiores, mamíferos, aves e até alguns peixes, há um instinto maternal e mesmo paternal muito elevado, que vai até ao sacrifício da própria vida, no confronto com os predadores, para proteger os filhos.
Esse instinto está intrinsecamente ligado ao tempo durante o qual as crias são dependentes dos pais?
_Sim, são muito poucos os que continuam ligados depois de as crias serem autónomas. Pelo contrário, muitas vezes são mesmo expulsos à má fila, quando passam a competidores, tanto em termos sexuais como de recursos alimentares. Mas em alguns animais superiores, a ligação mantém-se. Não falando nos primatas, nossos parentes mais próximos, os elefantes são conhecidos por manterem uma relação familiar por toda a vida ou quase, assim como as baleias, as orcas, os golfinhos.
Entre as espécies que vivem em comunidade, diz que as orcas e os elefantes são as que mantêm maior coesão social. Estas são sociedades matriarcais. As fêmeas têm maior capacidade de manter a união?
_Sim, o macho deixa-se vencer mais pelas hormonas, e até mata crias para seu benefício, o que não se verifica nas fêmeas. Os machos são mais inconstantes, mais instáveis, e é a fêmea que mantém a união do grupo. Quando a mais velha morre, há uma mais nova que lhe sucede e assume a liderança.
A maior parte das mães no reino animal são mães solteiras. Não existe instinto paternal?
_Existe e, apesar de ser mais frágil, se observarmos a maioria das aves, o macho anda sempre para trás e para a frente a apanhar minhocas. No caso dos mamíferos, o macho defende mais o território e o harém do que toma conta dos filhos, mas faz a sua parte. Claro que existem imensos exemplos do macho que cobre a fêmea e desaparece para nunca mais ser visto, mas também temos machos que são excelentes pais de família e elas é que dão à sola: é o caso da avestruz, em que a fêmea põe os ovos, o macho incuba-os, ela desaparece e é ele que garante a educação dos filhotes sozinho. A natureza tem esta coisa engraçada de haver sempre as exceções à regra.
E os cucos, que põem o ovo em ninho alheio?
_Pois, nesse caso nem o pai nem a mãe querem responsabilidades, arranjam pais adotivos à força, que têm de alimentar crias que muitas vezes têm o dobro do tamanho das deles. É curioso que há populações de cucos que se especializam na espécie que vão «parasitar», assemelhando-se os seus ovos aos dessa espécie. Não é uma coisa completamente ao calhas, a própria evolução facilitou o parasitismo. Assim, o pai adotivo não distingue um ovo do outro e choca todos.
Quais as vertentes de ensino disponíveis na escola da vida animal?
_Também aqui temos imensa variedade. Existem os animais que nascem e ninguém lhes ensina nada porque está tudo inscrito no código genético, como é o surpreendente caso das enguias, cujos progenitores vão até ao mar dos Sargaços, depositam os ovos, geralmente morrem aí, as crias nascem e sem ninguém lhes indicar o caminho voltam ao rio de onde provêm os pais. Depois há os animais que têm nos pais os grandes professores, aprendendo com eles grande parte das técnicas de caça ou de refúgio. E existe ainda o caso interessante de ser um membro da comunidade, sem uma relação de parentesco direta, a servir de professor.
E quais são as técnicas pedagógicas mais comuns?
_Normalmente, é pelo exemplo, mas também temos casos de ensino altruísta. O primeiro exemplo animal cientificamente provado foi com formigas: uma formiga vai conduzindo para determinado lugar e quando não está a ser seguida, volta atrás a buscar os mais novos, aparentando estar a ensinar-lhes um comportamento. Entre os chimpanzés, por exemplo, sabe-se que há populações que usam pauzinhos, que enfiam dentro das termiteiras, para tirar as térmites e comer. Isto é ensinado de geração para geração, não é inato.
O altruísmo e solidariedade característicos das sociedades de abelhas e formigas, as mais perfeitas e complexas formas de organização social do reino animal, têm muito a ensinar aos seres humanos?
_Sim, cada elemento tem um papel essencial na hierarquia e as relações entre si são de um altruísmo extremo. Há as obreiras, que garantem o «sustento» da comunidade, e as guerreiras, que têm como função protegê-la. Quando o formigueiro é atacado, por exemplo, ficam à frente para evitar a entrada do predador e muitas vezes chegam a tapá-la, com a sua rainha e as obreiras no interior, enfrentando cá fora a ameaça, o que é uma prova de grande solidariedade.
As abelhas e as formigas têm uma rainha que é a única que reproduz. Como é que isso funciona?
_Varia muito de espécie para espécie, mas nas abelhas, a rainha produz uma série de feromonas, que inibem o desenvolvimento sexual das outras. Há também relatos de que quando uma formiga, que não a rainha, começa a dar sinais de que está disponível para se reproduzir, as outras agarram-na até lhe passar a mania. De certa maneira, percebendo que esse comportamento constitui uma ameaça à união, impedem-no.
Em que se baseiam as relações de poder no reino animal?
_É mais pela força, mas como esta acaba por ser o mérito dos animais, diria que se trata de uma meritocracia. Quando um veado tem de afastar os seus concorrentes, não vence a melhor argumentação, mas a marrada mais forte. Acabam por prevalecer os melhores genes: é mais vantajoso para a espécie que o que consegue comer melhor, tem mais força e é mais hábil seja o reprodutor. Por isso é que, parecendo cruel, os machos mais velhos, perdendo capacidade reprodutiva, são substituídos. Como não é natural que digam: «Olha, estou cansado, vou-me embora», a coisa resolve-se um bocado à pancada. O que for suficientemente forte para o afastar, ganha o estatuto de macho dominante.
Veterinário e escritor
George Stilwell, 48 anos, pai de cinco filhos, veterinário, professor universitário e escritor, é um apaixonado pelos animais. No livro que acaba de lançar - Quando os macacos se apaixonam - A vida afetiva dos animais: das pequenas formigas aos gigantes elefantes - conduz-nos, com enorme sentido de humor e uma escrita que dá vontade de ler, mesmo se de trocas de fluidos entre moluscos das Galápagos se tratasse (não é o caso), numa fantástica viagem pelo mundo animal e pelas relações afetivas, sociais e de poder que nele se estabelecem. Ou não.
Fonte: https://www.dn.pt/revistas/nm/interior/os-animais-tambem-amam-2294756.html

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Fotógrafo flagra elefanta defendendo filhote contra hienas


4 abril 2013



Elefanta afugenta hienas (Caters)
Image captionElefanta conseguiu afugentar hienas, após árduo combate

Um fotógrafo captou o momento em que uma elefanta parte para cima de um um bando de hienas que estavam atacando seu filhote.
As cenas foram registradas pelo fotógrafo americano Jayesh Mehta, de 47 anos, na região de Savuti, no Parque Nacional de Chobe, em Botsuana.
Jayesh conta como fez as imagens: "'Ouvimos elefantes gritando em desespero. Ao deixarmos a pista e irmos para o mato, seguindo os sons, encontramos um grupo de 12 a 14 hienas perseguindo uma manada de cerca de oito elefantes."
A manada, de acordo com o fotógrafo, contava com duas fêmeas adultas, alguns elefantes adolescentes e um filhote de apenas alguns dias de idade.
"As hienas estavam tentando chegar até o filhote, que, à altura em que lá chegamos, já havia sido ferido."
Mehta conta que o filhote estava bem próximo de sua mãe e que outros elefantes tentaram permanecer o mais perto possível do filhote.

Elefanta e seu filhote (Caters)
Image captionAo final do embate, a elefanta e seu filhote levaram a melhor

"Eles precisavam descansar regularmente, para seguir protegendo o bebê. E, a cada ocasião, formavam um círculo em torno do filhote", afirma.
"Durante a perseguição, as hienas continuaram a arranhar o bebê, ferindo-o até seriamente, especialmente no seu traseiro'', relata.
O fotógrafo se disse impressionado em ver como as hienas vinham de todos os lados, de modo a irritar os elefantes maiores e distraí-los.
O embate entre os elefantes e as hienas durou cerca de uma hora. Depois de muita perseguição, os elefantes acabaram conseguindo escapar.
''Foi provavelmente uma das mais empolgantes experiências (que já vivi), à qual as fotos não são capazes de fazer justiça'', disse o fotógrafo.
Fonte:http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/04/130404_elefanta_hienas_bg
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Hipopótamo é atacada por elefante ao tentar proteger filhote na África


Para proteger seu filhote do perigo, uma mãe hipopótamo enfrentou um elefante com o objetivo de prevenir um possível ataque em uma reserva na Namíbia, na África. O hipopótamo adultou foi girado no ar pela força do outro paquiderme, que usou apenas a tromba - e cuja ação deu tempo ao filhote de fugir. Apesar de ter sido jogada para o alto, o hipopótamo não se feriu. As informações são do Daily Mail.


<p>Hipopótamo fêmea tentou se defender, mas foi jogada ao ar pelo elefante em reserva na Namíbia</p>
Hipopótamo fêmea tentou se defender, mas foi jogada ao ar pelo elefante em reserva na Namíbia
Foto: Daily Mail / Reprodução

A cena foi registrada pelo fotógrafo Rian Van Schalkwyk, 40 anos, na Erindi Private Game Reserve, em Windhoek, capital da Namíbia. "Me senti incrivelmente privilegiado por ver isso. Estive nesses locais muitas vezes, mas essa foi a cena mais espetacular que já testemunhei. Mal pude acreditar", afirmou o profissional sul-africano.
O hipopótamo fêmea resolveu se defender quando viu o elefante se aproximar demais de seu filhote. As fêmeas dessa espécie costumam pesar até 1,5 tonelada, mas o paquiderme maior não encontrou dificuldade para fazer o animal girar no ar. "Ela caiu sobre as costas e rolou em 360 graus em direção a uma faixa de água nas proximidades", afirmou Rian.
Fonte:https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/animais/hipopotamo-e-atacada-por-elefante-ao-tentar-proteger-filhote

Mãe Elefante defende seu bebê de dois hipopótamos. Elefantes resgatam outros elefantes(vídeos abaixo)





Solidariedade: imagens tocantes mostra a dor de elefantes ao ver companheiro morto

Imagens comoventes mostram uma manada de elefantes de luto e recusando-se a abandonar o corpo de seu amigo morto. O elefante teve sua morte induzida por guardas depois que quebrou...


Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Foto: Reprodução, Storyful
Imagens comoventes mostram uma manada de elefantes de luto e recusando-se a abandonar o corpo de seu amigo morto.
O elefante teve sua morte induzida por guardas depois que quebrou a perna no Chobe National Park em Botswana, na África Austral.
Um vídeo emocionante mostra seus amigos observando seu corpo e outro elefante acariciando-o com a tromba.

Foto: Reprodução, Storyful
A carcaça foi aberta por hienas e chacais no parque nacional antes de um grupo de leões ser atraído pelo corpo. Mais tarde, a manada encontrou os restos do companheiro e se recusou a deixá-lo.

Foto: Reprodução, Storyful
Os animais também podem ser vistos sacundindo suas orelhas na filmagem, postada pelo Tracking The Wild, em uma tentativa de se esfriar durante o calor.
Pesquisadores descobriram que os elefantes, como os humanos, sofrem com os mortos e frequentemente visitam seus túmulos, “beijando” seus corpos com as trombas e balançando de um lado para o outro devido ao luto.

Foto: Reprodução, Storyful
Enquanto os humanos geralmente reservam o sofrimento para amigos e familiares, os elefantes lamentam a morte de qualquer um que conhecem, segundo o Daily Mail.
Fonte:https://www.anda.jor.br/2017/02/solidariedade-video-tocante-mostra-dor-de-elefantes-ao-ver-companheiro-morto/
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