PLANTAS COMPANHEIRAS E PLANTAS ANTAGÔNICAS : ALELOPATIA

O que são plantas companheiras e antagônicas?

Gabriela Pastro

Olá, pessoal!
Hoje vamos falar sobre plantas companheiras e antagônicas. Este é um tema pouco conhecido por boa parte dos hortelões iniciantes, mas o seu conhecimento é milenar e é utilizado desde a Antiguidade pelos agricultores.
Plantas companheiras…
Basicamente, são aquelas se ajudam ao serem plantadas no mesmo local. Elas podem se ajudar na melhor ocupação do solo, utilização da água, luz e nutrientes e também na utilização dos seus metabólitos secundários (efeitos alelopáticos). O resultado desta interação são plantas mais bem desenvolvidas e saudáveis.
Plantas antagônicas…
Contrariamente as companheiras, são aquelas que ao interagirem com outras plantas ou alguns animais (como algumas pragas) causam efeito inibitório. Duas plantas podem ser antagônicas se competirem intensamente pelo mesmo recurso (água, nutriente ou luz solar) ou se a presença de uma inibir o crescimento da outra por meio de liberação de substâncias químicas. Por exemplo, pepino e girassol precisam absorver boas quantidades de boro e, se plantadas juntas, acabam competindo, ou seja, não devem ser plantadas juntas.
Alelopatia
A alelopatia é qualquer efeito causado por um organismo (planta ou não) sobre o outro (planta ou não) através da liberação de substâncias químicas, produzidas pelo próprio organismo, no meio ambiente. Estas substâncias alelopáticas podem favorecer ou desfavorecer outras formas de vida.
Em relação às plantas, estas substâncias podem ser liberadas pela decomposição de suas partes, saída de metabólitos secundários pela raiz, lavagem pela chuva ou sereno e liberação de substâncias voláteis. Todas estas substâncias liberadas são conhecidas comometabólitos secundários.
É com base nesta alelopatia que são criados muito dos inseticidas naturais que utilizamos na agricultura orgânica, como o inseticida de tagete (cravo de defunto – Tagetes erecta).
Combinações que deram certo aqui na Sabor de Fazenda:
  • Alecrim, sálvia e tomilho: percebemos que esta combinação vai super bem quando plantadas juntas em um vaso, jardineira ou canteiro. Vejam que nas fotos abaixo o alecrim e sálvia estão bonitos e bem desenvolvidos, já a pimenta está pouco saudável e com as folhas amareladas.
  • Louro e alecrim rasteiro: quando plantados em vasos ou canteiros, eles se dão bem e se fortalecem.
  • Orégano e manjerona: vão muito bem com a maioria das plantas, podemos fazer diversas combinações com uma ou ambas as espécies.
Combinação que dá certo: orégano, alecrim e tomilho ©Sabor de Fazenda
Combinação que dá certo: orégano, alecrim e tomilho ©Sabor de Fazenda
  • Tagete (ou cravo de defunto): pode ser plantada em canteiros ou vasos, juntamente com outras plantas. Ela repele insetos e nematóides presentes no solo.
Tagete ©Sabor de Fazenda
Tagete ©Sabor de Fazenda
Plantas que percebemos que não vão bem quando plantadas com outras: todos os tipos de pimentas (como na foto com a sálvia e o alecrim), salsinhas e mentas.
Pimenta e salsinha quando plantadas conjuntamente com outras espécies se tornam mais suscetíveis às pragas e doenças, elas ficam feias e pouco desenvolvidas. A típica combinação de salsinha e cebolinha no mesmo vaso ou jardineira, geralmente, não dá certo…a salsinha fica baixa, amarelada e pouco saudável…ela é a primeira a morrer.
As mentas não são boas companheiras, se plantadas no mesmo local, acabam ou morrendo ou matando a planta vizinha. Elas têm propriedade repelente devido às substâncias voláteis que liberam no ambiente, porém devem estar presentes isoladamente em nossa horta, ou seja, não podem dividir a terra com outra planta.
Se tiverem interesse de conhecer outros tipos de combinações que podemos fazer em sua horta, indicamos o livro Soil Mates – Companion Planting for Your Vegetable Gardenda Sara Alway.
Soil Mates - Companion Planting for Your Vegetable Garden  ©Sabor de Fazenda
Soil Mates – Companion Planting for Your Vegetable Garden ©Sabor de Fazenda
Este livro mostra e explica de uma maneira simples e ilustrativa quais as combinações que dão certo na horta…
Soil Mates - Companion Planting for Your Vegetable Garden ©Sabor de Fazenda
Soil Mates – Companion Planting for Your Vegetable Garden ©Sabor de Fazenda
Comentário da herborista Sabrina Jeha: “A primeira vez que ouvi falar de plantas companheiras e alelopatia foi pela saudosa herborista e minha mestra das ervas, Maly Caran. Em seus maravilhosos cursos de cultivo e uso das ervas, além de algumas “bruxarias” incríveis como o vinho medicinal com erva doce e rosa branca para melhorar a disposição geral das pessoas, ela também falava da influência da lua, da astrologia e de plantas companheiras na composição da horta. Isto foi na década de 90, no mesmo ano em que conheci o não menos inspirador livro “As Ervas do Sítio” de Rosy Bornhausen que também aborda entre outros temas incríveis, como magia, plantas companheiras, perfumes e aromaterapia. Em todos esses anos, nunca vi um estudo mais aprofundado ou livros que tratam do tema, até que, em uma das exposições do Clube Paulista de Jardinagem, a super jardineira e amiga Graciela nos emprestou seu livro “Soil Mates – Companion Planting for Your Vegetable Garden” (mostrado acima). Um lindo livrinho feito pela design gráfica e jardineira Sara Alway. Os testes com suas indicações já começaram por aqui!!! Agora só fica a expectativa para ver os tomateiros, plantados ao lado de manjericões, produzindo tomates vermelhos, cheirosos e prontinhos para uma deliciosa salada Caprese.”
Este é um tema muito legal, rico e importante para nós, hortelões, portanto o abordaremos mais vezes por aqui. Queremos deixar uma mensagem final de que a escolha da combinação das plantas de teremos em nossa horta é muito importante para o bom desenvolvimento desta. Combinações eficazes ajudam a prevenir doenças e pragas.
Nosso próximo post será sobre plantas atrativas e repelentes.
Valeu, pessoal!

Av. Nadir Dias de Figueiredo, 395 – Vila Maria, São Paulo
Fonte:https://viveirosabordefazenda.wordpress.com/2014/05/22/o-que-sao-plantas-companheiras-e-antagonicas/

O que são plantas atrativas e repelentes?

Gabriela Pastro
Olá, pessoal! Na semana passada falamos das plantas companheiras e antagônicas e hoje vamos voltar a falar de alelopatia, porém de uma maneira diferente. Quando falamos de plantas companheiras e plantas antagônicas estamos descrevendo a relação entre duas ou mais plantas, já quando falamos de plantas repelentes e atrativas estamos falando da relação de plantas com animais, no caso, potenciais praga de nossa horta.
Capuchinha ©Sabor de Fazenda
Capuchinha ©Sabor de Fazenda
Podemos ter em nossa horta plantas que liberam substâncias que atraem determinadas pragas, sendo chamadas de plantas atrativas ou plantas-armadilha. Elas podem ser consideradas armadilhas, pois a alta concentração de pragas que se estabelece na planta torna as próprias pragas vulneráveis a parasitas, predadores e doenças, quais acabam morrendo, ou seja, diminuem a concentração de pragas da horta. Cabaça (Lagenaria vulgaris) e tajujá (Cayaponia tayuya) são exemplos de plantas atrativas.
A capuchinha (Tropaeolum majus) também é uma planta atrativa, ela atrai a lagarta da couve, também chamada de curuquerê-da-couve (Ascia monuste orseis), e deixa as outras plantas de nossa horta livres dos ataques. A borboleta desta espécie apresenta asas na coloração branco-amarelada a esverdeada com as bordas escuras. A fêmea coloca seus ovos na parte debaixo das folhas e quando estes eclodem em lagartas já começam a se alimentar das folhas. As plantas mais atacadas são: couve, agrião, brócolis, rúcula e mostarda.
Por outro lado, existem as plantas chamadas de repelentes, quais afastam algumas pragas específicas do nosso canteiro de ervas e hortaliças. O que acontece é que alguns metabólitos secundários, liberados via raízes ou folhas, acabam fazendo este papel de afastar pragas. As plantas repelentes mais popularmente conhecidas são:
  • Citronela (Cymbopogon nardus): erva perene do mesmo gênero que o capim-limão. Apresenta folhas aromáticas, ásperas, pontudas, com mais de 50 cm de comprimento. Constitui-se em touceiras compactas e grandes. Suas folhas são utilizadas para a fabricação de repelentes, aromatizadores de ambientes, sabonetes, cremes e outros produtos. O óleo essencial presente nas folhas é responsável por repelir mosquitos, borrachudos, traças e formigas.
Citronela (Cymbopogon nardus)  ©Sabor de Fazenda
Citronela (Cymbopogon nardus) ©Sabor de Fazenda
  • Tagete ou cravo-de-defunto (Tagetes erecta): herbácea anual, ereta, ramificada, de 60-90 cm de altura. Folhas com cheiro forte característico. As flores possuem tonalidades amarela e alaranjada, que lembram cravos, formadas principalmente na primavera e verão. A presença desta planta em um canteiro funciona como um repelente natural de pragas, protegendo as outras plantas que forem plantadas no mesmo local. Dela pode ser feito um chá para borrifar nas plantas que se deseja evitar pragas (veja receita no final do texto). Devido sua beleza, ela é comercializada como flor de corte.
Tagete (Tagetes erecta)  ©Sabor de Fazenda
Tagete (Tagetes erecta) ©Sabor de Fazenda
  • Mentas (Mentha sp.): existe uma variedade muito grande de hortelãs, umas mais e outras menos aromáticas, porém todas elas são responsáveis por liberarem seus óleos essenciais na atmosfera que são capazes de repelirem diversos insetos. Porém, como já dito anteriormente, a hortelã apresenta raiz invasora e deve ficar em um vaso ou canteiro sozinha, somente a presença dela na horta afasta alguns tipos de pragas.
Hortelã-portuguesa (Mentha x villosa)  ©Sabor de Fazenda
Hortelã-portuguesa (Mentha x villosa) ©Sabor de Fazenda
O nim (Azadirachta indica) é considerado uma planta inseticida, sua forma processada é muito difundida na agricultura orgânica. Porém, seu poder apenas pela presença em um canteiro ainda está em estudo. Conheça melhor esta incrível árvore neste post.
Aprenda a fazer uma calda inseticida de Tagete (Tagetes erecta), indicada para repelir de insetos:
Material: 200 gramas de tagete (todas as partes da planta) e 1 litro de álcool.
Passo a passo: macere a tagete em um pouco de álcool, depois acrescente o restante do álcool, por fim, deixe a mistura descansar por 12 horas. Dilua 50 mL deste preparado em 1 litro de água e pulverize nas plantas. O restante do concentrado pode ser guardado até um ano e meio em local protegido do sol, assim quando for necessário é só realizar uma nova diluição.

Por que a hortelã não gosta de vizinhos?

Demorou um pouco, mas voltamos a falar de plantas antagônicas. Nosso primeiro post sobre alelopatia (plantas antagônicas e companheiras) foi este aqui. Quem não conhece muito bem o tema vale a pena ler.
Hoje vamos falar mais especificamente sobre o efeito das mentas/hortelãs no nosso jardim. As espécies do grupo das mentas (Mentha sp.) não são boas companheiras, ou seja, quando as plantarmos juntamente com outros tipos de plantas elas podem acabar morrendo ou matando as plantas vizinhas. Isto acontece pelo fato de suas raízes serem invasoras, pois crescem e espalham-se muito rapidamente e acabam, por fim, roubando os nutrientes das plantas vizinhas.
Hortelã (1)

Apesar disto, a presença delas em nossa horta é muito bem vinda, pois elas liberam substâncias voláteis (óleos essenciais) no ambiente, quais possuem o efeito repelirem insetos. Seus óleos são capazes de deixar mosquitos, moscas e formigas longe da horta.
Como solucionar este impasse?
Cultive sempre as mentas em vasos ou canteiros isolados. Aqui no viveiro nós cultivamos nossas hortelãs-mães (matrizes) em canteiros isolados:
Canteiro das mentas ©Sabor de Fazenda
Canteiro das mentas ©Sabor de Fazenda
Além de plantá-las na horta você pode fazer saquinhos de tecido e colocar suas folhas ligeiramente cortadas nas áreas infestadas pelos insetos. Se não tiver a erva fresca, utilize a seca, pode ser até os saquinhos de chá.
Sara Alway, em seu livro Soil Mates – Companion Planting for Your Vegetable Garden, diz que hortelã e beterraba são boas companheiras, desde que a hortelã seja plantada em um vaso e no entorno plante-se as beterrabas. Vejam que legal a sugestão:
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Repelente corporal natural
Você pode fazer em casa seu próprio repelente, basta misturar 5 parte de álcool de cereal para 1 de óleo essencial (não essência!) de hortelã, agitar bem e já está pronto para passar no corpo. A durabilidade é bem menor, aproximadamente 15 dias, depois disto jogue fora a mistura.
Leitura complementar:
Alway, Sara. Soil Mates – Companion Planting for Your Vegetable Garden, 2010.
Fonte:https://viveirosabordefazenda.wordpress.com/

Por que os temperos são cheirosos?


Você já pensou do porquê de algumas plantas possuírem aroma (plantas aromáticas) e outras não? A pergunta é simples, mas a resposta é um pouco mais complexa e vamos explicar direitinho aqui.
©Sabor de Fazenda
Vamos lá…
O metabolismo de uma planta pode ser dividido em primário e secundário e as substâncias que eles produzem são chamadas de metabólitos. O metabolismo primário é essencial para a sobrevivência da planta, como fotossíntese e respiração. Já o metabolismo secundário não é essencial, ela pode sobreviver sem estes metabólitos, porém eles são capazes de aumentar o sucesso de sobrevivência e reprodução. E é neste segundo metabolismo que entram os óleos essenciais, quais estão presentes nos temperos que comumente usamos. São este óleos os responsáveis por imprimirem sabor e aroma característico, como na hortelã, manjericão e orégano.
Não são todas as plantas que produzem estes óleos, das mais de 300 famílias botânicas existentes, somente alguns gêneros das famílias Myrtaceae (pitangueira, goiabeira, entre outras frutíferas), Lauraceae (canela, pau-rosa, entre outras), Rutaceae (limoeiros e laranjeiras), Lamiaceae (manjericão, hortelã, orégano, entre outros temperos), Asteraceae (artemísia, carqueja, entre outras), Apiaceae (salsa, endro, cerefólio, entre outros), Cupressaceae (ciprestes e cedros), Poaceae (capim-limão, citronela, entre outros), Zingiberaceae (gengibre, cúrcuma, entre outras) e Piperaceae (pimentas verdadeiras) os produzem.
Mas onde ficam estocados os óleos essenciais?
Estes óleos podem ser encontrados em todos os órgãos da planta, com nas flores (laranjeira), cascas dos caules  (canela), frutos (erva-doce), madeira (sândalo) e, mais comumente, nas folhas (hortelã, manjericão, entre outros temperos).
Qual é o benefício para a planta ter aroma?
Os óleos essenciais podem ter várias funções para as plantas, dependendo do tipo de substância produzida, porém as mais expressivas são proteção contra pragas e patógenos (fungos e bactérias), inibição do crescimento das plantas vizinhas (alelopatia) e atração de polinizadores.
Portanto, o fato de uma planta possuir aroma favorece não só a nós e nosso paladar, mas também a própria planta.
Apesar disto, uma planta aromática pode não apresentar aroma e sabor, isto pode acontecer porque a produção destes óleos varia de acordo com o clima, estação, condições geográficas e período de colheita. Mas para o hortelão caseiro o que vai mais influenciar é a devida exposição ao sol (pelo menos 4h diárias de sol direto), rega moderada e maneira de colheita.
Vale a dica: como os óleos essenciais são estocados em “bolsas” muito sensíveis, que rapidamente se rompem e volatilizam (evaporam), devemos manipular o menos possível o temperos durante a colheita e preparo culinário, senão acabamos liberando todo o aroma e sabor antes mesmo de consumi-lo😉
Seguem algumas dicas para o uso de temperos frescos:
– Se possível, rege umas horas antes as folhas da planta que irá colher, assim, se as bolsas dos óleos se romperem, dará tempo a planta restabelecer esta quantidade perdida e na hora do preparo você não precisará mais lavar.
– Não ferva o tempero, para aprisionar o aroma e sabor adicione o tempero fresco após desligar o fogo. Isto vale para o chá, não ferva as folhas, espere a água ferver, desligue o fogo e, somente agora, coloque as folhas e abafe por cerca de 10 minutos.
Bibliografia:
Peres, L.E.P. Metabolismo secundário das Plantas. Disponível em:http://www.oleosessenciais.org/metabolismo-secundario-das-plantas/
Knaak, N. & Fluza, L.M. 2010. Potencial dos óleos essenciais de plantas no controle de insetos e microrganismos. Neotropical Biology and Conservation, 5(2): 120-132.
Fonte:https://viveirosabordefazenda.wordpress.com/2015/02/26/por-que-os-temperos-sao-cheirosos/

Alelopatia: Plantas Companheiras e Plantas Antagónicas



Segundo Molisch, alelopatia é "a capacidade de as plantas, superiores ou inferiores, produzirem substâncias químicas que, liberadas no ambiente de outras, influenciam de forma favorável ou desfavorável o seu desenvolvimento"
As plantas produzem e armazenam grande número de produtos do metabolismo secundário, os quais são posteriormente libertados para o ambiente. Tais compostos poderão afectar o crescimento, prejudicar o desenvolvimento normal e até mesmo inibir a germinação de outras espécies.
Substâncias alelopáticas podem ser liberadas das plantas através da lixiviação dos tecidos, em que as toxinas solúveis em água são lixiviadas da parte aérea e das raízes; volatilização de compostos aromáticos das folhas, flores, caules e raízes sendo absorvidos por outras plantas; exudação pelas raízes, onde um grande número de compostos alelopáticos é libertado na rizosfera circundante, influindo directa ou indirectamente nas interacções planta/planta.
Estudos têm sido realizados com o intuito de se conhecer melhor as espécies de plantas com actividades alelopáticas e as substâncias com efeitos inibitórios, suas fontes e seu comportamento no ambiente com o objectivo de discutir uma possível aplicação destes compostos como bioerbicidas.
Fonte:http://cidadedashortas.blogspot.com.br/2011/10/alelopatia-plantas-companheiras-e.html


Plantas amigas – Descubra quais espécies devem ser cultivadas juntas na horta

  Na horta, algumas plantas se fortalecem quando cultivadas juntas, enquanto outras devem ser mantidas distantes. Entenda por quê.
      Ter uma horta em casa é a garantia de consumir hortaliças e temperos frescos e orgânicos, além de desfrutar momentos agradáveis cuidando das plantas. Mas, para o cultivo ser bem-sucedido, não basta separar um espaço de terra e fazer o plantio de qualquer jeito. Assim como as pessoas, que se dão bem com alguns indivíduos e preferem ficar longe de outros, as plantas também têm suas preferências e se desenvolvem melhor quando combinadas com determinadas espécies – as chamadas plantas companheiras – ou são prejudicadas pela proximidade de outras – as plantas antagônicas.
      Conhecer as melhores – e piores – combinações não é vantajoso apenas para as hortaliças, mas também para o hortelão, já que as plantas se fortalecem e se protegem juntas, poupando o trabalho de quem cuida.
Horta em harmonia
      São vários os fatores capazes de fazer de duas plantas um par perfeito na horta. Uma espécie alta, por exemplo, é uma bela companhia para aquela que não pode receber sol direto, pois a protege com sua sombra. Há também os casos dos vegetais que atraem insetos predadores das pragas que afetam outras plantas e, assim, ajudam a evitar ataques. Temperos e hortaliças com as mesmas necessidades de luminosidade, água e época de plantio também podem ser considerados plantas companheiras.
      As antagônicas, por outro lado, são as plantas que têm seu desenvolvimento prejudicado quando cultivadas juntas. Podem ser espécies da mesma família e que competem por nutrientes; ou duas plantas suscetíveis a uma determinada praga: quando uma delas é atacada, acaba favorecendo a infestação da outra.
       A alelopatia é outro fator que pode fazer com que duas espécies se deem bem ou mal. Apesar do nome difícil, o conceito não é assim tão complicado: as plantas, assim como todos os organismos, liberam substâncias químicas quando realizam processos metabólicos. Algumas dessas substâncias – os chamados metabólitos secundários – podem afetar os organismos ao redor tanto de forma positiva, ajudando no crescimento, por exemplo; quanto de forma negativa, inibindo a germinação das sementes.
As melhores companhias
Conheça algumas plantas que só têm a ganhar quando cultivadas juntas:
Manjericão e tomate – esses dois foram feitos um para o outro: além de terem características de cultivo parecidas – gostam de sol e de bastante água – o aroma do manjericão afasta pragas e insetos do tomate. O mais indicado é plantar o tempero no começo e no fim das fileiras de tomate.
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Louro e alecrim-rasteiro – como o nome já indica, o alecrim-rasteiro cresce rente ao solo e tem raízes rasas, enquanto o louro cresce para cima e tem raízes profundas. Eles podem ser plantados juntos, para economizar espaço, sem que um atrapalhe o outro.
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Alface e cenoura – a dupla que é sucesso na salada também se dá bem na horta. Assim como o louro e o alecrim-rasteiro, elas não competem por espaço – enquanto a raiz da cenoura é profunda, a da alface é mais superficial. As propriedades alopáticas compatíveis também favorecem o cultivo combinado dos dois vegetais.
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alface
Alecrim, sálvia e tomilho – por requererem os mesmos cuidados, os três vão muito bem juntos e podem ser plantados tanto em canteiros quanto em vasos.
alecrim
sálvia
tomilho
Mantenha distância
Para garantir o sucesso da sua horta, é melhor deixar essas espécies bem longe umas das outras:
Morango e tomate, batata, pepino ou berinjela – por ser muito frágil e suscetível ao ataque de pragas, o morango não deve ser plantado junto de espécies como o tomate, a batata, o pepino e a berinjela, que são atraentes para fungos como verticillium. A praga começa afetando as folhas do morango e pode levá-lo a perecer.
Cebolinha e nirá – as duas ervas pertencem à mesma família – a das amarilidáceas – e são muito suscetíveis ao ataque de pulgões. É melhor mantê-las separadas, já que, se uma for infestada, a outra também será afetada.
Antes só do que mal-acompanhado
      Algumas espécies são antissociais e devem ser mantidas isoladas. A pimenta é uma delas: como consome muitos nutrientes do solo, ela acaba prejudicando as demais plantas. Além disso, se não receber os devidos cuidados, pode atrair um grande número de pragas que, no final das contas, atacam o resto da horta.
      A salsinha é outra que não gosta muito de se misturar: libera metabólitos secundários que podem prejudicar a aparência das suas vizinhas. Já a menta, que é ótima para repelir pragas, tem raízes agressivas que acabam matando as espécies ao redor.

Fonte – Revista Natureza – Ano 29 – Edição 339 – Editora Europa


Plantas

 alelopatia
 Plantas Companheiras
São plantas pertencentes a espécies ou famílias, que se ajudam e complementam mutuamente, não apenas na ocupação do espaço e utilização de água, luz e nutrientes, mas também por meio de interações bioquímicas chamadas de Efeitos Alelopáticos. Estes podem ser tanto de natureza estimuladora quanto inibidora, não somente entre plantas, mas também em relação a insetos e outros animais.
Seguem alguns exemplos :
chicoriaalfsitio2As plantas da família das solanáceas ( tomate, batata, pimentão, entre outras) e as da família das compostas (Cichoriaceae), como alfaces e chicórias combinam bem entre si. Estas famílias, por sua vez, também combinam com umbelíferas (Apiaceae) como cenoura, salsa, aipo, erva-doce, batata-salsa e com Liliáceas como o alho e a cebola.
As cuburbitáceas (abóbora, pepino, melão, melancia, chuchu) associam-se bem com as solanáceas, com plantas leguminosas(feijão, ervilha) e gramíneas(milho, trigo), conforme seu hábito de crescimento e forma de cultivo; alternado-se fileiras -duplas tutoradas, por exemplo, de tomate, feijão-vagem e pepino, ou na tradicional associação de milho, feijão e abóbora.
A regra geral para uma boa associação ou rotação de culturas é a de escolher sempre uma sequência de plantas de famílias diferentes.
Alelopatia Aplicada
Em relação aos insetos prejudiciais, algumas plantas têm ação repelente ou atrativa. Ambos efeitos podem ser utilizados nos exemplos a seguir:
Plantas Antagônicas
Algumas espécies possuem substâncias que afastam ou inibem a ação de insetos, como ocorre, por exemplo, com o piretro, presente no cravo-de-defunto e nos crisântemos. Como qualquer estratégia de manejo agroecológico, o uso de tais plantas não deve ser feito isoladamente e, sim, dentro de uma visão abrangente de promoção do equilibro ecológico em toda a propriedade agrícola. Quanto mais equilibrados estiverem o solo, as plantas e os animais, menor será a necessidade de se apelar para tais estratégias, aproximando a produção orgânica da situação ideal que é a de pouco intervir porque agroecossistema já se tornou capaz de se auto-regular.
cravoa) Cravo-de-defunto (Tagetes minuta) e ou Cravorana (Tagetes sp) silvestre.
As plantas inteiras, principalmente no florescimento, são boas repelentes de insetos e nematóides (no solo). Usadas em bordadura das culturas ou em pulverizações na forma de extratos alcoólicos, atuam tanto por ação direta contra as pragas, quanto por “disfarce” das culturas pelo seu forte odor.
Fórmula Geral: 200 gramas de planta verde, macerados por 12 (doze) horas em álcool (aproximadamente 1 litro) e diluídos em 18 a 19 litros de água (20 litros para pulverização).
b) Cinamomo (Melia azedorach L., família Meliácea)
O chá das folhas e o extraído acetônico-alcoólico dos frutos (ambos na dosagem média de 200 gramas para um volume final de 20 litros para pulverização) são inseticidas. Os frutos devem ser moídos e seu pó pode ser usado na conservação de grãos armazenados.
Observação: É uma árvore ornamental comum no sul do Brasil, de origem asiática.
c) Saboneteira ( Sapindus saponaria L.)
Árvore nativa da América Tropical, usada como ornamental , possui nos frutos um efeito inseticida. Para se ter uma idéia de seu poder de ação, vale mencionar que seis frutos bastam para preservar 60 quilos de grãos armazenados.
Os estratos podem ser feitos dos frutos amassados diretamente em água (uso imediato) ou conservados por extração acetônica e/ou alcoólica. Em ambos os casos, 200 gramas são suficientes para o volume de 20 litros de um pulverizador costal.
d) Quássia ou Pau-amargo (Quassia amara, família Simarubaceae)
Arbusto alto, nativo da América Central, com ação inseticida especialmente contra moscas e mosquitos, pelo alto teor de substâncias amargas na casca e madeira. Estas partes podem ser usadas em pó ou extrato acetônico-alcoólico, assim como os ramos e folhas, variando apenas a concentração: 200 gramas de cascas ou madeira moída.
e) Mucuna-preta (Mucuna sp ou Stizolobium oterrium)
Plantada associada ao milho, evita mais de 90% da instalação dos gorgulhos nas espigas.
Atrativos ou “Plantas-Armadilhas”
controleMuitas plantas possuem substâncias atrativas específicas para alguns insetos, que podem ser utilizadas como plantas-armadilha para várias pragas. A simples concentração dessas pragas já as torna mais vulneráveis a parasitas e predadores, assim como mais sujeitas a doenças, permitindo também a utilização de métodos agroecológicos de manejo de pragas e doenças.
Seguem alguns exemplos de plantas atrativas de comprovada utilidade na horticultura:
Purungo ou Cabaça (Lagenaria vulgaris)
Plantado em bordadura (em forma de cercas-vivas) ou com seus frutos cortados e espalhados na lavoura é o melhor atrativo para o besourinho ou vaquinha verde-amarela (Diabrotica speciosa).
Tajujá (Cayaponia tayuya)
Planta da família das cucurbitáceas, atrativa para as vaquinhas. Sua limitação consiste no fato de que as raízes que são a parte mais útil da planta, são de cultivo mais difícil que o do Purungo.
Veja no quadro, alguns exemplos de associações benéficas e maléficas entre plantas. A escolha das associações mais favoráveis de plantas melhora as condições do solo e aumenta a produção da cultura principal.
Legenda: 
Culturas Beneficiadas
Plantas companheiras
Plantas Antagônicas
Abóbora
1) milho, vagem, acelga, taioba, chicória, amendoim.
2)  nastúrcio, abobrinha
batata
Alface
1)  cenoura,rabanete, morango, pepino, alho-poró, beterraba, rúcula, abobrinha
salsa, girassol
Alho-poró
1) cenoura, tomate, salsão
2) cebola, alho

Aspargo
1)  tomate, salsão, manjericão.
2)  malmequer
cebola, alho, gladíolos
Bardana
1)  funcho
2)  cenoura

Batata
1) feijão, milho, repolho, rábano, favas, ervilha, cereja.
2) alho, berinjela (isca), urtiga, raiz-forte, cravo-de-defunto
3) caruru
abóbora, pepino, girassol, tomate, maçã, framboesa, abobrinha
Berinjela
1)  feijão, vagem

Beterraba
1)  couve, rábano, alface, nabo, vagem
2)  cebola
vagem
Café
1) seringueira
kiri
Cebola
1) beterraba, morango, camomila, tomate, couve segurelha, alface
3) caruru
ervilha, feijão
Cebolinha
1)  cenoura
ervilha, feijão
Cenoura
1) ervilha, alface, manjerona, feijão, rabanete, tomate, cebola, cebolinha, bardana, alho-poró, sálvia, alecrim
endro
Couve
1) cebola, batata, salsão, beterraba, camomila, hortelã, endro
2) artemísia, sálvia, alecrim, menta, tomilho, losna
framboesa, tomate, vagem
Couve-chinesa
1)  vagem

Couve-flor
1) salsão

Ervilha
1) cenoura, nabo, rabanete, pepino, milho, feijão, abóbora, couve-rábano, milho-doce
cebola, alho, batata, gladíolos
Espinafre
1) morango, feijão, beterraba, couve-flor

Feijão
1) milho, batata, cenoura, pepino, couve-flor, repolho, couve, petúnia, ervas aromáticas
2) alecrim, serigurelha, nabo
alho-poró, funcho, alho, cebola, salsão, gladíolos
Feijões arbustivos
1) girassol, batata, pepino, milho, salsão, morango
2) segurelha
cebola, alho, tomate, funcho, beterraba, couve-rábano, girassol
Frutíferas
1) tanásia, nastúrcio

Girassol
1) pepino, feijão
batata
Laranjeira
1) seringueira, goiabeira

Maxixe
1) quiabo, milho

Milho
1) batata, ervilha, feijão, pepino, abóbora, melão, melancia, trigo, rúcula, nabo, rabanete, quiabo, maxixe, mostarda, feijão-de-porco, serralha, moranga
2) girassol
3) beldroega, caruru
gladíolos
Morango
1) espinafre, alface, tomate, feijão-branco, borragem
repolho, funcho, couve
Mostarda
1) milho

Nabo
1) ervilha, milho
2) alecrim, hortelã
tomate
Pepino
1) girassol, feijão, milho, ervilha, alface
2) rabanete
batata, ervas aromáticas, sálvia
Quiabo
1)  milho

Rabanete
1) ervilha, pepino, agrião, cenoura, espinafre, vagem, chicória, cerefólio, milho
2) nastúrcio
3) alface
acelga
Repolho (brócolis)
1) ervas aromáticas, batata, salsão, beterraba, alface
2) nastúrcio, hortelã, estragão, cebola, cebolinha
morango, tomate, vagem, manjerona
Rúcula
1) chicória, vagem, couve-rábano, milho, alface
salsa
Salsa
1) tomate, aspargo
alface, rúcula
Serralha
1) tomate, cebola, milho

Salsão
1) alho-poró, tomate, couve-flor, repolho, feijão arbustivo, couve.

Taioba
1) abóbora

Sorgo

gergelim, trigo
Tomate
1) cebola, cebolinha, salsa, cenoura, calêndula, serralha, erva-cidreira
2) malmequer, menta, nastúrcio, urtiga, manjericão, borrabem, cravo-de-defunto.
couve-rábano, batata, funcho, repolho, pepino, feijão
Vagem
1) milho, segurelha, abóbora, rúcula, chicória, acelga
2) rabanete
cebola, beterraba, girassol, couve-rábano

Fonte:http://planetaorganico.com.br/site/index.php/plantas/

Companheiras e antagônicas: saiba como combinar as plantas


plantas companheiras. Fonte- Vale da Lama
Plantas companheiras. Fonte: Vale da Lama

No manejo ecológico, o cultivo de nenhuma planta é pensado isoladamente, mas em um contexto abrangente que visa atingir o equilíbrio. Quanto maior esse equilíbrio – a harmonia entre o solo, as plantas e os animais -, menos intervenção externa é necessária, o que aproxima a agricultura orgânica do ideal: um agroecossistema capaz de auto-regulagem. Nesse sistema macro, que parece utópico mas é comprovadamente eficiente, é fundamental que o agricultor conheça as plantas companheiras e as plantas antagônicas.

Sejam de espécies os famílias diferentes, as plantas companheiras são chamadas assim por se ajudarem mutuamente, e os benefícios dessas combinações são parte de um conhecimento milenar. Ao serem plantadas no mesmo espaço, auxiliam-se na ocupação do solo e na utilização da água, luz e nutrientes.

Além disso, pelo sereno, a água da chuva, a raiz ou pela decomposição de suas partes, plantas liberam substâncias químicas (metabólitos secundários) no meio ambiente, influenciando as outras plantas ao redor em um processo chamado de alelopatia.

Se nas plantas companheiras o resultado da alelopatia é bem-vindo, com as plantas antagônicas a interação, em geral, é inibitória. Duas plantas podem ser antagônicas se as substâncias químicas que uma libera prejudicam a outra ou quando competem por nutrientes, luz e água. Um exemplo: pepino e girassol precisam de boro em abundância. Quando estão juntas, acabam competindo e uma acaba prejudicando a outra. Com base na alopatia são criados diversos inseticidas naturais utilizados na agricultura orgânica.

No fim do texto, eis a lista completa de quais plantas convivem bem umas com as outras em uma horta.

Ervas aromáticas


louro e alecrim rasteiro
Louro e alecrim rasteiro. Fonte: Viveiro orgânico de ervas e temperos Sabor de Fazenda


Na lavoura, elas são de grande utilidade, já que afugentam insetos e pragas. O aroma faz com espécies como hortelã atraiam insetos polarizadores e predadores que combatem essas pragas de forma natural. Como são as mais cultivadas em apartamento ou pequenas hortas (aqui e aqui já demos dicas para fazer a sua), vale a pena sabermos quais ervas combinam e quais se atrapalham.

– Tomilho, sálvia e alecrim ✓

– Alecrim rasteiro e louro ✓

– Orégano e Manjerona ✓

Se plantadas no mesmo vaso, jardineira e canteiro, a combinação funciona. As que não funcionam bem com outras plantas e que preferem ser plantadas individualmente:

– Mentas ✖

– Pimentas ✖

– Salsinha ✖

Os repelentes naturais


tagete. Fonte- Wikipedia
Tagete. Fonte: Wikipedia

Plantas como tagete (o cravo-de-defunto) podem ser plantadas em canteiros ou vasos juntamente com outras plantas, já que combatem os nematóides do solo e repelem insetos. Elas também são usadas de forma profissional na lavoura, comorepelentes naturais. Veja exemplos:

Cinamomo:
Árvore ornamental comum no sul do Brasil, mas de origem asiática, tem no chá das folhas ou no extrato dos frutos ótimos inseticidas. Os frutos moídos também podem ser usados na conservação de grãos armazenados. Fórmula: tanto o chá quanto as frutas devem ter a dosagem média de 200 gramas para um volume final de 20 litros pulverizáveis.

Cravo-de-defunto e Cravorana:
Podem ser usadas diretamente no solo como eficientes repelentes, em especial na época do florescimento. Pulverizadas em soluções alcoólicas, funcionam incisivamente contra as pragas, seja por ação direta ou pelo odor. Fórmula: 200 gramas da planta verde macerados por 12h em 1 litro de álcool e diluídos em 18 a 19 litros de água.

Saboneteira:
Utilizada como árvore ornamental, essa espécie nativa da América Tropical tem frutos com efeito inseticida extremamente potente. Para uso imediato, podem ser usados amassados em água. Para conserva, o ideal é uma solução alcoólica. Fórmula: 200 gramas para um volume final de 20 litros de pulverização.

Mucuna-preta:
Utilizada em plantações de milho para evitar os gorgulhos nas espigas (que reduz em aproximadamente 90%).

Quássia (pau-amargo):
Por suas substâncias amargas na madeira e na casca, afasta moscas e mosquitos. Fórmula: faz-se 200 gramas de pó das partes amargas ou extrato acetônico-alcóolico dos ramos e folhas.

Para combinar: lista de companheiras e antagônicas



– Abóbora
Plantas companheiras: milho, feijão-vagem, acelga, alface, chicória, amendoim, qualquer espécie e cultivar de abóbora.
Plantas antagônicas: batata- inglesa.

– Alface
Plantas companheiras: cenouras, rabanete, morango, pepino, beterraba, rúcula, abobrinha, cebolinha.
Plantas antagônicas: salsa, girassol.

– Alho
Plantas companheiras: alface, beterraba, couve, morango e tomate.
Plantas antagônicas: ervilha e o feijão.

– Amendoim
Planta companheira: abóbora.

– Batata-inglesa
Plantas companheiras: feijões, milho, repolho, ervilhas.
Plantas antagônicas: abóbora, pepino, girassol, tomate, framboesa, maçã.

– Berinjela
Plantas companheiras: feijão, feijão-vagem.

– Beterraba:
Plantas companheiras: couve, alface, nabo, vagem, cebola.
Plantas antagônicas: feijão, feijão-vagem.

– Cebola
Plantas companheiras: beterraba, morango, tomate, couve, camomila, alface.
Plantas antagônicas: feijão.

– Cebolinha
Plantas companheiras: cenoura, alface, rúcula, radicci.
Plantas antagônicas: ervilha, feijão.

– Cenoura
Plantas companheiras: ervilha, alface, manjerona, feijões, rabanete, tomate, sálvia, alecrim.
Plantas antagônicas: coentro e outras umbelíferas.

– Couve (Brassica oleracea)
Plantas companheiras: cebola, batata, beterraba, camomila, hortelã, endro, sálvia, alecrim, tomilho.
Plantas antagônicas: framboesa, tomate, feijão-vagem.

– Ervilha
Plantas companheiras: cenouras, nabo, rabanete, pepino, milho, feijões, abóbora, couve-rábano, milho-doce.
Plantas antagônicas: cebola, alho, cebolinha.

– Espinafre
Plantas companheiras: morango, feijões, ervilha, beterraba, couve-flor, couve.

– Feijão-vagem
Plantas companheiras: milho, batata-inglesa, cenoura, pepino, nabo, couve-flor, repolho, couve, ervas aromáticas como alecrim, segurelha, tomilho.
Plantas antagônicas: alho-poró, funcho, salsa, cebola, salsão.

– Girassol
Plantas companheiras: pepino, feijão, ervilha, fava.
Plantas antagônicas: batata-inglesa

– Milho
Plantas companheiras: batata-inglesa, ervilha, feijões, pepino, abóbora, moranga, abobrinha, melão, melancia, trigo, rúcula, nabo, rabanete, quiabo, maxixe, mostarda, serralha, girassol, beldroega.
Plantas antagônicas: repolho, couve, funcho.

– Morango
Plantas companheiras: espinafre, alface, tomate, cebola.
Plantas antagônicas: repolho, couve, funcho, salsa.

– Repolho
Plantas companheiras: ervas aromáticas, batata, salsão, beterraba, alface.
Plantas antagônicas: morango, tomate, vagem, manjerona

– Rúcula
Plantas companheiras: chicória, vagem, couve-rábano, milho, alface.
Plantas antagônicas: salsa

– Salsa
Plantas companheiras: tomate, aspargo.
Plantas antagônicas: alface, rúcula.

– Tomate
Plantas companheiras: cebola, cebolinha, salsa, cenoura, calêndula, serralha, erva-cidreira. Além das ervas malmequer, menta, nastúrcio, urtiga, manjericão, borrabem, cravo-de-defunto.
Plantas antagônicas: couve-rábano, batata, funcho, repolho, pepino, feijão.


Fontes: Planeta Orgânico, Meio Ambiente Jardim, Escola na Horta, Viveiro Sabor de Fazenda, Faz Fácil, Soil Mates.

Os insetos são olfativos. As culturas possuem um cheiro característico que atrai seus inimigos ou predadores.
Certas ervas, plantadas junto com essas culturas, confundem o olfato do inseto e diminuem-lhe o ataque. Algumas plantas eliminam ácidos pelo seu sistema radicular, os quais inibem a multiplicação de outras plantas consideradas ervas daninhas.
Vejamos algumas combinações úteis de plantas companheiras:
GIRASSOL E MILHO
Plantar o girassol cercando uma roça de milho, porque as lagartas que atacam o milho, preferem comer o girassol e deixam o milho se desenvolver.
O GERGELIM E A SAÚVA
As saúvas gostam muito das folhas do gergelim, porém as folhas do gergelim têm substâncias que acabam matando os fungos que alimentam as saúvas. Plante gergelim no aceiro do roçado.
CARURU OU BREDO DE ESPINHO
O Caruru ou Bredo de espinho, deve ser plantado ou permitido o seu crescimento livre nas ruas dos canteiros de beterraba . Serve para manter a vaquinha, um inseto que corta as folhas da beterraba, ocupada com as folhas de caruru.
RABANETE
O rabanete plantado perto de pepino e vagem , afugenta os insetos que iriam atacar estas hortaliças.
CRAVO DE DEFUNTO
Planta-se dentro das culturas para controle dos nematóides.
SALSÃO
O salsão plantado dentro de canteiros de couve- flor e couve comum, afugenta os insetos que iriam atacar as couves.
ALHO
Plantando alho dentro da plantação de batata as pragas são repelidas.
MUCUNA PRETA
Plantando-se linhas de mucuna preta, intercaladas na cultura do milho, o ataque do caruncho e traça, no campo são reduzidos em 90 %. A mucuna preta também é excelente para adubação verde e para controlar o aparecimento da tiririca ou capim alho.
MANJERICÃO
Plantar manjericão perto da horta e nas ruas dos canteiros, evitar o ataque de pragas para as hortaliças.
ALECRIM
O alecrim plantado dentro dos canteiros de repolho e couve, afasta a borboleta, antes que ela realize postura de ovos que venham gerar lagartas para as culturas.
MAMONA
A mamona repele mosquitos, é muito útil plantá-la ao lado de água parada.
FEIJÃO DE PORCO
O Feijão de porco plantado em locais infestado com tiririca ou capim alho, controla esta erva daninha , uma vez que suas raízes liberam toxinas no solo que controlam a multiplicação da tiririca.
GERÂNIO
O Gerânio plantado na horta afasta os insetos.
PIMENTA
A pimenta plantada dentro da horta também afasta os insetos.
A pimenta malagueta macerada e mantida de molho por 24 horas, depois coada e pulverizada, repele insetos de fruteiras e hortaliças.
Usa-se cerca de 10 a 20 gramas por litro de água. Se for macerada e colocada na água com um pouco de sabão derretido até cobrir o macerado, pulverizando ou pincelando sobre as plantas controla pulgões, cochonilhas e trips.
HORTELÃ
A hortelã da folha miúda plantada nas bordaduras dos canteiros de hortaliças ,impede o ataque de formigas.
ALFACE
O Alface plantado com a cenoura e o rabanete torna-o mais macios e com a cebola dá-lhe proteção contra as lesmas.
CENOURA
A Cenoura vai muito bem quando plantada com alface, feijão , cebola, cebolinha, alho, rabanete, tomate, alecrim
FEIJÃO
Os Feijões em geral , vão muito bem com milho, batata, cenoura, pepino, couve-flor, repolho e ervas aromáticas.
As plantas acima descritas, são repelentes dos insetos, mas se mesmo assim houver o ataque de pragas use os inseticidas naturais.
Fonte: [ Mundo Orgânico ]
1-favorece o crescimento e acentua o sabor
2-repele pragas
3- ajuda a recompor o solo

LegumesFavoráveisDesfavoráveis
Abóbora1) Milho, Feijão, Alface, Acelga
2) Abobrinha
Batata
Alface1) Cenoura,Rabanete, Morango, Pepino, Beterraba, Rúcula, AbobrinhaSalsa, Girassol
Alho1) Beterraba, Pepino, Morangueiro, Alface, TomateFeijão, Ervilhas
Alho-Francês1) Cebola, Espinafre, Cenoura, Alface, Acelga, Tomate
Batata1)Feijão, Ervilha, Couve, Fava, Milho, Repolho
2) Alho, Urtiga
Pepino, Abóbora, Tomate, Girassol, Cenoura, Framboesa, Abobrinha, Maça
Beterraba1) Alface, Nabo, Couve,Feijão Anão
2) Alho, Cebola
Vagem
Cebola1) Beterraba, Morangueiro, Pepino, Alface, Cenoura, Espinafre, Camomila, Couve
3) Caruru
Feijão, Ervilha
Cebolinha1) CenouraFeijão, Ervilha
Cenoura1) Manjerona, Tomate, Alecrim, Sálvia, Alface, Ervilha, Alho-Francês, Nabo,Cebola, Feijão, Cebolinho, AcelgaEndro
Couve1) Beterraba, Espinafre, Alface, Feijão, Ervilha, Batata, Pepino, Camomila, Hortelã
2) Sálvia, Alecrim, Menta, Tomilho
Morangueiro, Funcho, Rabanetes, Tomate, Framboesa
Couve-Flor1) Vagem
Ervilha1) Cenoura, Nabo, Rabanete,Milho,Feijão, Abóbora, Pepino, Espargo, Couve, EspinafreAlho, Cebola, Batata, Chalota, Cebolinho, Salsa
EspargoFeijão, Ervilha, Alface, Alho, Cebola, Nabo, Couve, Tomate, Salsa
Espinafre1) Morangueiro,Feijão, Cebola, Beterraba, Couve-Flor
Feijão1) Milho, Batata, Alface, Beterraba, Pepino, Couve , Cenoura, Couve-Flor
2) Alecrim, Nabo
Cebola, Alho-Francês, Alho, Tomate, Cebolinho
Girassol1) Pepino, FeijãoBatata
Milho1) Batata, Ervilha, Feijão, Pepino, Abóbora, Melão, Melancia, Trigo, Nabo, Rabanete, Tomate, Alface
2) Girassol
3) Beldroega, Cururu

Morango1) Espinafres, Alface, Tomate, Feijão-BrancoRepolho, Couve
Nabo1) Ervilha, Milho
2) Alecrim, Hortelã
Tomate
Pepino1) Feijão, Girassol, Milho, Ervilha, Alface, Beterraba, Couve, Alho
2) Rabanete
Batata, Tomate, Ervas Aromáticas
Rabanete1) Ervilha, Pepino, Agrião, Cenoura, Espinafre, Vagem, Milho
2) Nastúcio
3) Alface
Acelga
Repolho-Brócolis1) Ervas Aromáticas, Batata, Beterraba, Alface
2) Hortelã, Estragão, Cebola, Cebolinha
Morangueiro, Tomate, Vagem, Manjerona
Rúcula1) Chicória, Vagem, Milho, AlfaceSalsa
Salsa1) TomateAlface, Rúcula
Tomate1) Erva-Cidreira, Couve, Cenoura, Espargo, Cebola, Salsa, Alho, Acelga
2) Malmequer, Menta, Urtiga, Manjericão
Pepino, Feijão, Batata, Repolho
Vagem1) Milho, Abóbora, Rúcula, Chicória
2) Rabanete
Cebola, Beterraba, Girasso
Fonte: [ Drag Team ]
Fonte:https://tudosobreplantas.wordpress.com/2012/05/22/alelopatia-plantas-companheiras-e-plantas-antagonicas/


DICA VERDE

PLANTAS COMPANHEIRAS NA HORTA



Fazer rotação de culturas é fundamental para manter a produção em uma horta orgânica ou mesmo em uma horta doméstica.
Para aproveitar melhor os canteiros de sua horta, faça uma associação ou consorciação de cultivos. Plante uma hortaliça de ciclo mais curto entre as linhas daquela que vai levar mais tempo para ser colhida, além de poder aproveitar as bordas dos canteiros para plantar outras coisas você ainda utiliza melhor o seu pequeno espaço.
A rotação de cultivos é muito importante e deve ser feita com hortaliças de famílias diferentes. Vamos para um exemplo: após o cultivo de uma folhosa como a alface, plante uma raiz como a cenoura. A alternância de culturas permite melhor aproveitamento dos nutrientes do solo e quebra o ciclo das pragas e doenças.
Mas é preciso ficar atento, porque algumas plantas não se dão bem e por isso não é recomendado o plantio no mesmo local. São conhecidas como plantas antagônicas e popularmente dizemos plantas inimigas. Entretanto, outras favorecem e são indicadas tanto para consorciação quanto para rotação de cultura, essas são as plantas companheiras. 

Fonte:http://www.dourado.sp.gov.br/Noticia/Default.aspx?IDNoticia=432

Veja tabela abaixo com as principais hortaliças:


CULTURA
PLANTAS COMPANHEIRAS
PLANTAS INIMIGAS
Alface
Cenoura, rabanete, morango, pepino, alho-poró, beterraba, rúcula, abobrinha
Salsa e girassol
Batata
Feijão, milho, repolho, rábano, favas, ervilha, cereja, alho, berinjela, urtiga
Abóbora, pepino, girassol, tomate, abobrinha
Berinjela
Feijão, vagem
Não há informação.
Cebola
Beterraba, morango, camomila, tomate, couve, alface
Ervilha, feijão
Cebolinha
Cenoura
Ervilha, feijão
Cenoura
Ervilha, alface, manjerona, feijão, rabanete, tomate, cebola, cebolinha, bardana, alho-poró, sálvia, alecrim
Endro
Couve
Cebola, batata, salsão, beterraba, camomila, hortelã, endro, artemísia, sálvia, alecrim, menta, tomilho, losna
Tomate, vagem
Couve-flor
Salsão
Não há informação.
Espinafre
Morango, feijão, beterraba, couve-flor
Não há informação.
Pepino
Girassol, feijão, milho, ervilha, alface, rabanete
Batata, ervas aromáticas, sálvia
Repolho
Ervas aromáticas, batata, salsão, beterraba, alface, hortelã, estragão, cebola, cebolinha
Tomate, vagem, manjerona
Rúcula
Chicória, Vagem, rábano, milho, alface
Salsa
Salsa
Tomate, aspargo
Alface, rúcula
Tomate
Cebola, cebolinham, salsa, cenoura, calêndula, serralha, erva-cidreira, menta, manjericão
Couve, rábano, batata, funcho, repolho, pepino, feijão
Vagem
Milho, abóbora, rúcula, chicória, acelga, rabanete
Cebola, beterraba, girassol, rábano

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