BIOCONSTRUÇÃO : CONSTRUÇÕES COM PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL E MATERIAIS ECOLÓGICOS


O conceito de Bioconstrução 

Engloba diversas técnicas da arquitetura vernácular mundial, algumas delas com centenas de anos de história e experiência, tendo como característica a preferência por materiais do local, como a terra, diminuindo gastos com fabricação e transporte e construindo habitações com custo reduzido e que oferecem excelente conforto térmico (SOARES, 1998).
São geralmente técnicas simples que qualquer pessoa é capaz de fazer, coordenada ou não por profissionais, permitindo assim de serem chamadas técnicas de autoconstrução. Assim, elas incluem grande dose de criatividade, vontade pessoal do proprietário e responsável pela obra e o uso de soluções ecológicas pontuais adaptadas à cada caso.
As bioconstruções são um elemento importantíssimo da Permacultura, buscando a integração das unidades construídas com o seu ambiente, segundo o design permacultural estabelecido na área. Deste modo, a bioconstrução busca desde o planejamento,  execução e utilização, o máximo aproveitamento dos recursos disponíveis com o mínimo impacto.

Algumas das técnicas de bioconstrução são:

    • Terra: Pau-a-pique, Adobe, Super-Adobre, Cob, Taipa de pilão, Solocimento, Ferrosolocimento,
    • Fibras renováveis: Palha, Fardo Palha, Bambu
    • Coberturas vegetais
    • Ecossaneamento: Círculo de Bananeiras, Bacia de Evapotranspiração
    • Mosaicos: reutilizando materiais disponíveis
Fonte:http://www.ipoema.org.br/ipoema/home/conceitos/bioc/


Bioconstrução é o termo utilizado para se referir a construções onde a preocupação ecológica está presente desde sua concepção até sua ocupação. Já na concepção, as bioconstruções valem-se de materiais que não agridam o ambiente de entorno, pelo contrário: se possível, reciclam materiais locais, aproveitando resíduos e minimizando o uso de matéria-prima do ambiente. Todo projeto foca no máximo aproveitamento dos recursos disponíveis com o mínimo de impacto.
O tratamento e reaproveitamento de resíduos, coleta de águas pluviais, uso de fontes de energia renováveis e não-poluentes, aproveitamento máximo da iluminação natural em detrimento da artificial, são exemplos de preocupações na concepção desses projetos. A residência nas bioconstruções também segue a filosofia de responsabilidade ambiental dos seus ocupantes.
A bioconstrução não se resume à construção em si, mas pode incluir os materiais e o processo de produção da mobília, o uso de agentes biológicos para prover condições de habitação, como no caso dos telhados verdes, e o estilo de vida proposto pela arquitetura dos ambientes.




Bioconstrução combina técnicas milenares com inovações tecnológicas


por CAROL CANTARINO

Princípios de sustentabilidade cada vez mais orientam a construção civil, considerado um dos setores que mais causa impactos no meio ambiente devido ao alto consumo de materiais, energia e geração de resíduos. Empresas têm investido na chamada responsabilidade ambiental e muitas delas estão se especializando em bioconstrução, uma modalidade da arquitetura e da construção civil cujo princípio é reunir tecnologias milenares e inovativas para garantir a sustentabilidade não só do processo construtivo mas também do período pós-ocupação de casas e apartamentos.
Uso de matérias-primas, recicladas ou naturais, disponíveis no local da obra; gestão e economia de água tais como reuso ou aproveitamento da água da chuva; fontes alternativas de energia como aquecimento solar ou energia eólica; coleta seletiva e reciclagem de lixo; técnicas construtivas baseadas na utilização do barro, palha ou bambu. A bioconstrução abrange uma série de tecnologias e a viabilidade ecológica, econômica e social de sua aplicação depende, principalmente, da avaliação do local da obra.
Sistemas de reaproveitamento da água e de aquecimento solar podem ser aplicados em qualquer residência ou apartamento da cidade de São Paulo por exemplo. Já a utilização de matérias-primas naturais depende do que estiver disponível no local de construção. "Cabe ao arquiteto fazer essa avaliação porque dessa disponibilidade é que depende a relação custo-benefício da obra", afirma Marcelo Todescan, um dos diretores da Todescan Siciliano Arquitetura, escritório especializado em projetos residenciais que utilizam técnicas bioconstrutivas.


MATERIAIS MENOS TÓXICOS

A opção pela utilização de matérias-primas locais também é feita em detrimento de materiais que agridem o meio ambiente seja em seu processo de obtenção ou fabricação, seja durante a aplicação ou ao longo de sua vida útil. A intenção também é a de que a construção seja menos tóxica e invasiva para os moradores. Por conta disso é que materiais como PVC (policloreto de vinil), alumínio, tintas, solventes e revestimentos sintéticos (como o carpete) são evitados nesse tipo de empreendimento.
A bioconstrução é considerada uma alternativa viável mesmo em grandes cidades como São Paulo. Todescan cita um projeto, já em fase de acabamento, inteiramente baseado nessa técnica. A casa, que fica no bairro da Granja Viana, foi erguida a partir da aplicação de uma técnica japonesa milenar denominada tsuchi kabe, empregada na construção de templos budistas. Ela combina a utilização de várias matérias-primas naturais: pedras são utilizadas nos alicerces e as paredes são construídas a partir de uma estrutura de madeira reciclada, bambu, terra e argila. A escolha da tsuchi kabe não foi aleatória: a maioria desses materiais encontrava-se disponível no local da construção, o que viabilizou economicamente a obra. Sistemas de captação e reuso de água e de aquecimento solar também foram adotados.
O arquiteto lembra que a bioconstrução não se resume à utilização de materiais ecologicamente corretos. O envolvimento do morador durante todo o processo de construção é bastante valorizado. Na casa construída na Granja Viana, foram realizados "mutirões" ao longo de três finais de semana: a família do proprietário, seus amigos e vizinhos reuniram-se para que juntos aprendessem e aplicassem técnicas relacionadas ao uso do barro e à pintura de paredes com cal.

TECNOLOGIA SOLAR EM CASAS POPULARES

A utilização de fontes alternativas de energia renovável é um dos princípios mais valorizados da bioconstrução, mas a economia representada pela substituição da eletricidade por coletores solares para aquecimento de água ainda é desconhecida da maioria da população. "Cabe ao poder público divulgar e tornar essa tecnologia mais acessível, principalmente para as famílias de baixa renda". Essa é a opinião de Jane Tassinari Fantinelli, que defendeu doutorado sobre o assunto na Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A arquiteta defende o uso de sistemas termo-solares por famílias carentes tendo em vista os resultados obtidos pelo Projeto Sapucaias, a primeira experiência monitorada de instalação de sistemas de aquecimento solar para a água de banho em área urbana no Brasil. Financiado pela Eletrobrás, o projeto foi desenvolvido ao longo de cinco anos junto a 100 famílias do município de Contagem (MG).




A utilização dos coletores levou a uma redução de 34,6% no consumo de energia elétrica. Mas a economia na conta a pagar foi muito maior: variou de 56 a 71%, já que, por causa da redução do gasto de energia, as famílias entraram tanto na faixa dos beneficiários das políticas de incentivo de baixo consumo das concessionárias, como nos programas de transferência de renda do governo federal — ambos prevêem descontos na tarifa de energia elétrica.
"A disseminação do uso de coletores solares depende de políticas públicas de planejamento energético. Se elas forem focalizadas nas famílias de baixa renda, resultados significativos, com certeza, serão alcançados", acredita Fantinelli.
Segundo a arquiteta, o consumo de energia está relacionado à renda. O tempo de banho das classes populares, por exemplo, é menor que o das classes de maior poder aquisitivo. Devido a essa diferença de comportamento, não só o gasto de energia, mas também o volume de água requerido pelas famílias de baixa renda são, conseqüentemente, menores, o que permitiu que o Projeto Sapucaias adotasse coletores solares compactos (dotados com placa de 2 metros quadrados e reservatório de água com capacidade para 200 litros) e, por isso, mais baratos.
Como não há produção em escala de tecnologia solar no país, a aquisição e instalação de um coletor solar compacto gira em torno de R$1.400. Entretanto, a economia propiciada pelo sistema compensa os gastos. Apesar de pouco divulgada, na Caixa Econômica Federal há uma linha de financiamento exclusiva para a compra de coletores solares.

Fonte:http://inovacao.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-23942006000500025&lng=es&nrm=is

casas-feitas-de-terra-conheca-a-bioconstrucao

Casas feitas de terra: conheça a bioconstrução

Arquitetos revisitam técnicas como adobe, pau a pique e taipa de pilão para construir edifícios mais confortáveis com madeira, bambu e barro

Se você está achando uma equação difícil construir rápido uma casa confortável e barata, saiba que a resposta pode já estar em seu terreno. A chave para o problema pode ser a bioconstrução, um conjunto de técnicas para construir edifícios com terra e fibras vegetais, como madeira de demolição e bambu.
Apesar do nome moderninho, a bioconstrução emprega tecnologias conhecidas por qualquer um que já tenha passado férias no interior do país: pau a pique, taipa de pilão e tijolos de adobe, por exemplo. Mas não espere casas infestadas de insetos e derretendo com a chuva. Os bioconstrutores aperfeiçoaram a construção com terra, inventando novas tecnologias. Um exemplo é o superadobe, em que sacos cheios de terra compõem paredes e domos capazes de aguentar climas extremos, como o de desertos ou regiões onde neva. Além disso, novos revestimentos aumentam a durabilidade das paredes de terra - como o calfitice, uma mistura de cal, fibra, terra e cimento que aumenta a durabilidade dos prédios. Outra novidade: os arquitetos misturam essas tecnologias a técnicas mais comuns, empregando, por exemplo, fundações de concreto.
A chamada "arquitetura de terra" também diminui a desagradável variação de temperatura no interior das construções. “Em uma casa de tijolo cerâmico, a temperatura varia de 17º C a 34º C”, conta o arquiteto paulistano Gugu Costa, citando pesquisas do arquiteto alemão Gernot Minke. “Já nas casas com paredes de terra medindo 25 cm, a temperatura varia menos: de 22º C a 28º C”, complementa. Na galeria abaixo, apresentamos dezoito obras construídas pelo mundo com técnicas de bioconstrução.


“Paraíso do Vinho”, uma casa projetada pelo arquiteto austríaco Friedensreich Hundertwasser na cidade alemã de Eisenheim, Alemanha. Hundertwasser mistura técnicas de bioconstrução - por exemplo, telhado verde e reutilização de resíduos - com o uso de materiais mais comuns, como o concreto.


Casa Ronald Mc Donald, em Essen, Alemanha. Esse prédio funciona como abrigo temporário para famílias de crianças que vêm de outras cidades buscar tratamento médico. Projeto do austríaco Friedensreich Hundertwasser.


Casa em Ecovila de Kassel, Alemanha. Projeto de Gernot Minke.



Casa em Ecovila de Kassel, Alemanha. Também projetada por Gernot Minke.

Fonte:http://casa.abril.com.br/materia/casas-feitas-de-terra-conheca-a-bioconstrucao#8


VANTAGENS DA BIOCONSTRUÇÃO

Bioconstrução Vantagens da Bioconstrução
A industrialização trouxe uma série de benefícios ao homem, mas também trouxe problemas como a poluição e a degradação do meio ambiente. Para que a natureza e a civilização moderna possam coexistir, novos conceitos devem ser desenvolvidos ou aprimorados.
Entre as mais recentes medidas para atender a essa necessidade, merece destaque abioconstrução, uma nova técnica que permite a edificação de estruturas com o uso de materiais de reduzido impacto ambiental e adaptados à realidade climática de cada região.
Na bioconstrução existe um importante conceito a cerca dos materiais que sobram nas obras: eles não são considerados resíduos, mas sim recursos. Sendo assim, tudo o que poderia ser descartado em uma construção tradicional é reutilizado, gerando economia e contribuindo com a redução do consumo de recursos naturais. Além disso, os principais materiais empregados nesse processo normalmente estão disponíveis próximo ao local onde serão executadas as obras, como é o caso da terra, pedras, palha e madeira.
A terra e a palha, por exemplo, podem ser usadas para construir casas usando técnicas como a do tijolo de adobe, sem o uso de máquinas ou energia. O resultado normalmente é uma casa de baixo custo e excelente resistência à ação do tempo.
Normalmente a fundação desse tipo de construção é feita com pedra, um material abundante e que pode ser facilmente manuseado. As pedras também servem para reforçar paredes e muros, desde que sejam empregadas as técnicas adequadas para essa finalidade.
Outra forma para fazer uso das técnicas de bioconstrução é utilizando a madeira, um recurso que permite elaborar ambientes charmosos e ecologicamente corretos, desde que o material seja adquirido de empresas certificadas.
A bioconstrução é um importante passo para garantir acesso das comunidades a moradias que tenham baixo custo e sejam viáveis sob o ponto de vista da sustentabilidade, mas é necessário que exista uma efetiva conscientização da população para que essa novidade realmente se torne uma tendência para os próximos anos.
Fonte:http://www.atitudessustentaveis.com.br/artigos/vantagens-bioconstrucao/

Bioconstrução



As vantagens da biocontrução incluem autonomia tecnológica, conforto ambiental, possibilidade de participação de todos e todas no processo da construção e economia. Marco vem estudando e ensinando há anos técnicas de bioconstrução no curso de Agroecologia para Assentados da Reforma Agrária... E eu, Juliana, sou uma entusiasta e apaixonada pela biocontrução... é chegada a hora de por em prática todo este conhecimento. Vamos lá...

SIMPLICIDADE E SOLUÇÕES NO USO DA TÉCNICA TRADICIONAL
No livro "O manual do arquiteto descalço", Johan van Lengen propõe um processo construtivo alternativo, combinando técnicas tradicionais e modernas na criação de um ambiente harmonioso para se viver.
"Os primeiros arquitetos amassavam a terra com os pés para fazer os tijolos. Arquitetos descalços pisando a terra..."

Assim iniciamos a Casa de Barro... e assim foram feitas as paredes dos dois andares da casa: de terra ensacada e tijolos de barro feitos no próprio terreno.

De baixo para cima é possível ver as fotos de todo o processo desde o início da construção. Uma vivência linda, que contou com a força, com o apoio, com os braços e com o carinho da família e dos amigos... uma experiência na qual nos jogamos de corpo e alma durante dois anos!

Hoje já moramos na Casa de Barro, e ainda há muita coisa por fazer dentro deste projeto mais amplo da Permacultura.



FINALMENTE ENTRANDO PARA MORAR NA CASA DE BARRO!

A reta final não é fácil... fechar a casa e cuidar da hidráulica, elétrica, fossa, tratamento da madeira, pintura, acabamento... Muitos detalhes não previstos no orçamento... Equipes novas trabalhando na obra... O Marco continuou trabalhando junto em cada detalhe e foi o mestre de obras da vez! E a mamãe aqui, cuidando de um barrigão de quase nove meses, mesmo mais a distância, fiquei numa atenta supervisão da construção. O detalhamento do primeiro piso conciliou técnicas tradicionais e alternativas com técnicas modernas e convencionais... principalmente porque nas últimas semanas ficamos com pressa para morar na casa nova!  No dia da mudança para a casa de barro, rompeu a bolsa e iniciou o trabalho de parto! Que experiência!














ABERTURAS, PISO E DETALHAMENTO























































TELHADO FECHADO

Já pode chover! Antes do início das chuvas o telhado ficou pronto. Pronto e aprovado... veio a chuva e nenhuma goteira! Detalhe para as aberturas de manilha e para a entrada de luz feita de garrafas de suco.





ESTRUTURA DO TELHADO

Vigas, vigotas, caibros e ripas. A estrutura do telhado fechou com chave de ouro a obra de arte do Mestre de Obras Claudionor. Um belíssimo trabalho com madeiras!











REBOCO NO PRIMEIRO PAVIMENTO

Optamos por fazer reboco convencional no piso de baixo e pintaremos tinta natural de terra vermelha. A parte superior vai ficar um tempo com as fiadas aparentes enquanto organizamos um mutirão para fazer reboco e pintura natural.









PAREDES EXTERNAS DO SEGUNDO PAVIMENTO


 









Ainda é possível ver o céu de dentro de casa... vontade de  deixar a casa sem telhado... só para não perder nunca as estrelas!



ESTRUTURA DE SUSTENTAÇÃO DA SACADA










PISO DO SEGUNDO PAVIMENTO






ENCAIXES ARTESANAIS
Os encaixes para sustentação das vigas de eucalipto foram feitos cuidadosamente pela equipe.
O Mestre de Obras Claudionor é um marceneiro de primeira e ensinou a cada um o uso do formão para fazer o corte certo e perfeito nas toras de eucalipto, preparando a estrutura da casa para receber com segurança a outra peça de madeira.


Experimentamos cada etapa, equipamento e material da obra. Aí estamos ajudando a fazer os encaixes das vigas e vigotas de sustentação da varanda.



MONTANDO AS VIGAS DE EUCALIPTO
Está tudo quase pronto para receber as vigotas e as paredes do segundo piso!







O churrasquinho de fim de ano foi na sala!
A churrasqueira improvisada com os tijolos feitos ali mesmo na obra!


ABERTURAS
As aberturas para receber portas e janelas estão ficando lindas!

Janela do banheiro feita de manilha!


Janela da Sala


Entrada da frente

 Porta de entrada
 Porta dos fundos
 Sala e cozinha


FÁBRICA DE TIJOLOS
Estamos experimentando produzir os tijolos das paredes internas da casa. A técnica é econômica, as mãos vão direto na terra, o trabalho é terapeutico e os tijolos estão ficando muito bons.




                                           

Testamos vários tipos de mistura: terra e areia, terra e cimento, saibro e cimento... Todos ficaram fortes, mas os tijolos feitos com a terra do próprio terreno são mais legais e sustentáveis!
Já tem uma parede quase pronta!



                                     
Valmir fez a forma de tijolos: é feita de ferro, produz três tijolos por vez, maciços, na medida de 30x20x10 cm. Fez 374 tijolos em dois dias!

 
                     

HIPERADOBE: subir as peredes de hiperadobe é muito rápido! O primeiro andar está quase pronto. O mestre de obras, Claudionor, deixa tudo alinhado e aprumado, mantendo os pilares de eucalipto a mostra para o lado de fora. As paredes internas serão de tijolos.

                                
                            

                                                


MUTIRÃO:
No primeiro mutirão de hiperadobe levantamos três fiadas em duas paredes e duas fiadas em mais duas paredes.



HIPERADOBE As paredes externas serão em hiperadobe, uma técnica de bioconstrução de fácil manejo, com uso de recursos locais. A fase de execução do hiperadobe utiliza sacos Raschel (mesmo material usado para ensacar frutas) para ensacamento de terra compactada com o trabalho de pilão, formando fiadas sobrepostas. A mistura das três primeiras camadas é de solo-cimento. A mistura das demais camadas composta de 70% areia e 30% argila e não deve ser muito molhada, nem tampouco seca. Recomenda-se que a terra seja peneirada para eliminar as impurezas, numa malha de 4,8mm. Modo de fazer: Dar um nó em uma das extremidades do saco, colocar o nó abaixo do pé, na outra ponta acoplar um funil ou “balde sem fundo” iniciar o preenchimento do saco. Após a mistura de terra chegar até o funil, andar para trás liberando mais saco para preenchimento e ajeitando-o no prumo externo do alicerce. Após completo enchimento, amarrar a extremidade com nó e colocá-lo por baixo da camada. Será necessário socar a terra até que o bloco fique totalmente sólido, a uma altura média de 15 cm. Utilizar “socador” (pilão com base plana). Fazer amarração em todas as junções do hiperadobe, trançando os sacos. O primeiro deverá ser sempre o de maior comprimento. Repetir processo em todas as camadas até que se chegue a altura especificada em projeto para colocação dos contra-marcos ou manilhas das janelas. Após afixados, continuar processo.

 FOTOS









                                                   



O Mutirão foi uma linda festa!




CONVITE DO MUTIRÃO!

Mutirão dos pensadores(as) da revolução e do projeto
popular para o Brasil...
Nada melhor que vincular nosso impeto
revolucionário a uma atividade onde o trabalho, sem dúvida, coexiste
com o princípio educativo.
Por isso, amanhã começaremos a levantar as paredes da nossa futura
casa, em hiperadobe, e precisaremos destes braços fortes para em mutirão, iniciarmos os pedaços de nossa casa com a participação dos compas, comprometidos com o trabalho coletivo.
Para quem não conhece o Hiperadobe, excelente momento para interagir com esta técnica.


MONTAGEM DO PALITEIRO

Duas semanas foi o tempo que levou para finalizar a montagem do pailteiro! Eucaliptos autoclavados de reflorestamento.
A próxima etapa é subir as paredes de terra...







Começamos a levantar os pilares de eucalipto!


                                               

                                          

Escolhemos uma equipe boa para nivelar o terreno, fazer o muro de arrimo e a fundação! Quem coordena a equipe é o Mestre de Obras Claudionor.


                    






                                               



Levamos seis meses para definir o projeto! Terra e Madeira! Aberturas amplas para aproveitar a luz natural, captação de água da chuva, tratamento das águas cinzas e negras, uma varanda ao redor da casa!




Escolhendo o lugar da construção: a Casa de Barro será feita no mesmo espaço onde havia uma casinha de madeirite. Quanto menos interferência no terreno, melhor!



Fonte:http://projetojeriva.blogspot.com.br/p/bioconstrucao.html


Curso de Bioconstrução - O Barro, as mãos, a casa - Vídeos



Esta é uma visão geral desse tipo de construção,: as suas características, a história, o preconceito que temos pela terra como material de construção, as suas virtudes e os seus inconvenientes (e como superá-los).
Jorge Belanko conversa com vizinhos, esclarecendo dúvidas gerais, tais como se é possível realizar este tipo de casas em climas chuvoso como o nosso, diferentes estilos de construção, a possibilidade da auto-construção, entre outros temas.
Famílias que estão construindo e vivendo em casas naturais também participam e contam suas experiências. Veremos também construções com mais de 3000 anos, ainda de pé, e alguns não tão antigas Locais como uma casa de fazenda de 100 anos de idade, em processo de reforma.
Nós descrevemos técnicas para levantar paredes, fazer tijolos, telhados verdes, blocos térmicos, entre várias outras. Vamos ver como se constrói uma casa natural dos alicerces até o telhado e pintura, com quase todos os materiais naturais extraídos do próprio terreno. .
Este filme também conta com a participação do arquiteto Gernot Minke (Universidade de Kassel, Alemanha), que faz pesquisa mais de 30 projetos de pesquisa com materiais e técnicas naturais.
Filmado principalmente na cidade de El Bolson, Río Negro, Argentina, foi realizado com o apoio da Secretaria de Cultura da Presidência da Nação. Foi declarado de interesse pelo programa "Arquitetura de Terra e Construção" da Faculdade de Arquitetura, Desenho e Urbanismo da Universidade de Buenos Aires ".
Leia mais em http://ebookee.org/El-barro-Las-manos... # JowoccJ8gGYhFcx5.99






Bioconstrução

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