BALEIAS JUBARTE CANTAM MELODIAS DIFERENTES E BIÓLOGOS SALVAM BALEIA COM CABO DE AÇO PRESO EM SUA CALDA

Baleia-jubarte estava com cabo de aço de uma armadilha para caranguejos preso em sua cauda (Foto: KSBW-TV/AP)

Biólogos salvam baleia que estava com cabo de aço preso em sua cauda

Biólogos libertaram o mamífero marinho na costa da Califórnia.
'Baleia estava exausta', afirmou Peggy Stap, que participou do resgate.

Uma equipe de biólogos marinhos libertou na última quinta-feira (15), na costa de Santa Barbara, no estado da Califórnia (EUA), uma baleia-jubarte que estava com cabo de aço de uma armadilha para caranguejos preso em sua cauda.

Segundo a bióloga Peggy Stap, por causa da armadilha de mais de 130 quilos, o mamífero marinho não conseguia mergulhar para se alimentar.
A baleia tinha sido flagrada no dia 27 de abril, na baía de Monterey, arrastando o equipamento pesado de pesca. A tentativa de resgate começou no dia 28 de abril, quando uma equipe de biólogos encontrou a baleia com o cabo de aço em torno de sua cauda.
"A baleia estava exausta. Ela tinha viajado mais de mil quilômetros desde que tinha sido vista na baía de Monterey", disse Stap.

Baleia-jubarte estava com cabo de aço de uma armadilha para caranguejos preso em sua cauda (Foto: KSBW-TV/AP)


Baleias-jubarte não serão mais protegidas por lei no Canadá

Ambientalistas acusam país de fomentar projeto de óleoduto.
População de jubartes no Canadá é de aproximadamente 18 mil espécimes.

Baleia jubarte nas águas do Havaí; NOAA abriu pedido de revisão sobre situação da espécie (Foto: NOAA/AP)Exemplar de baleia-jubarte na região do Oceano Pacífico (Foto: NOAA/AP)

Ambientalistas e a oposição no Canadá denunciaram o governo pela decisão de diminuir a proteção das baleias-jubarte e o acusam de facilitar um controverso projeto de oleoduto.
Alegando basear-se em dados científicos, o governo canadense anunciou no sábado (19), no jornal oficial, que o mamífero, o maior do planeta depois da baleia azul, será considerado a partir de agora "uma espécie preocupante" e não mais uma "espécie ameaçada".
Por causa desta distinção, o hábitat do mamífero deixará de ser protegido por lei. A decisão foi tomada de forma "incrivelmente rápida", declarou Jay Ritchlin, da Fundação David Suzuki, uma das organizações ecologistas mais influentes do país.
Ele considerou "inquietante" que esta modificação tenha ocorrido "no mesmo momento em que se estuda um grande projeto de desenvolvimento", em alusão ao projeto de oleodutos Northern Gateway.

Acusação

O principal partido da oposição no Parlamento canadense, o Novo Partido Democrático (NPD, esquerda), acusou o governo conservador de querer "satisfazer seus amigos da indústria petroleira e abrir a porta ao projeto de oleodutos Northern Gateway".
Empreendido pelo grupo canadense Embridge, o projeto Northern Gateway, de 1.200 km, pretende transportar 525.000 barris de petróleo por dia ao longo do litoral pacífico canadense da província de Alberta (oeste) através das Montanhas Rochosas.
O duplo oleoduto projetado concluiria sua trajetória ao norte da província da Columbia Britânica, no porto de Kitimat, em uma região desabitada próxima à fronteira com o Alasca.
No jornal oficial, o governo destacou ter agido após a apresentação, em 2011, de um informe realizado por um comitê independente de cientistas, que destacou a existência de 'grande abundância da espécie' ao longo da costa do Pacífico canadense.
A baleia-jubarte foi oficialmente declarada espécie ameaçada em 2005 por recomendação de um painel de especialistas. Em 2003, um informe independente registrava "umas centenas" de exemplares do cetáceo. O governo estima que atualmente, a população da espécie seja de 18.000 exemplares.

Baleias jubarte do Índico cantam melodias diferentes, mostra estudo

Espécimes de um mesmo oceano costumam cantar canções similares. Descoberta pode indicar que houve intercâmbio em oceanos diferentes.

Baleias jubarte que vivem em diferentes partes do Índico cantam em melodias diferentes, algo incomum, já que espécimes de um mesmo oceano costumam cantar canções similares. A descoberta foi feita pela Sociedade de Conservação da Vida Selvagem e pode indicar que houve intercâmbio cultural entre populações de baleias de oceanos diferentes.
Segundo Anita Murray, uma das autoras do estudo, o canto das baleias do Hemisfério Norte é composto dos mesmos temas, ao contrário dos animais do Oceano Índico, que cantam músicas "completamente diferentes".
A razão mais provável para a variação é a influência de cantos de baleias de outros mares, como o Sul do Pacífico e o Atlântico, o que indicaria "um intercâmbio de indivídios entre os oceanos que é exclusivo do Hemisfério Sul", explica a pesquisadora em material de divulgação.
baleia-jubarte (Foto: Luis Robayo/AFP)
Cantos diferentes das baleias jubarte do Índico
podem indicar que houve intercâmbio de animais
(Foto: Luis Robayo/AFP)

Os cantos das baleias são complexos arranjos de partes ou "temas". Eles consistem de lamentos, gemidos e gritos, que se repetem em ciclos com duração de até 30 minutos. Geralmente, são cantados por machos em períodos de reprodução, migração ou alimentação.
Os pesquisadores gravaram 20 horas de canções produzidas por 19 baleias na costa de Madagascar, na África, e em três locais ao longo da costa oeste australiana. Eles conseguiram captar 11 temas, sendo que apenas um era cantado nas duas regiões.
A pesquisa foi publicada na edição de janeiro da revista "Marine Mammal Science".
A Sociedade de Conservação da Vida Selvagem estuda a baleia jubarte desde 1960, quando foi descoberto que os sons produzidos eram na verdade uma série de temas que se repetiam, ou seja, canções.
A baleia jubarte pode atingir até 15 metros. O número de espécimes diminui muito até a década de 1960, devido à caça comercial.

Santa Catarina-Brasil: Pesquisadores usam hidrofones para captar o som das baleias franca

Maior espetáculo do litoral catarinense fica em cartaz até novembro e pode ser visto de perto. O animal magnífico pode ter até 18 metros e 60 toneladas. 





O Bom Dia Brasil mostra um canto feminino que vem do mar. Não é de sereia, a música dela tem outra origem: a sobrevivência. O maior espetáculo do litoral catarinense fica em cartaz de julho a novembro e a atração pode ser vista bem de perto. É um animal magnífico, que pode medir 18 metros e pesar 60 toneladas. É a baleia que chega mais perto da costa e também a mais dócil e lenta. Essas características, no passado, fizeram da baleia franca o alvo preferido dos caçadores.
Quase acabou extinta e, até hoje, está entre as baleias mais ameaçadas. Por isso, é importante saber mais sobre o comportamento das francas. Pela primeira vez no Brasil, pesquisadores usaram hidrofones para gravar os sons que os gigantes usam para se comunicar debaixo da água.
"O que a gente está escutando é a conversa, a comunicação entre as mães e filhotes”, explicou a bióloga e diretora Projeto Baleia Franca, Karina Groch.
O estudo é uma parceria entre o Projeto Baleia Franca e a universidade da Pensilvânia, que emprestou o equipamento e também vai ajudar na análise dos sons. "Esse estudo é importante para a gente compreender como as francas se comunicam em um ambiente com pouco ruído subaquático, porque a gente sabe que nos Estados Unidos as francas estão tendo dificuldade de se encontrar em função da poluição subaquática. E, consequentemente, isso afeta a reprodução”, lembrou a bióloga e diretora projeto Baleia Franca.
Há mais de duas décadas, os pesquisadores fazem sobrevôos para contar a população nacional de baleias francas. Elas podem ser identificadas pelas verrugas na cabeça que são como impressões digitais e mudam de animal para animal. Hoje há 670 francas catalogadas no Brasil, o dobro do que havia há oito anos. A boa notícia é que, livre da caça, a espécie vem se recuperando.
"Há 15 anos eram de sete a oito mil baleias no hemisfério sul e hoje nós temos 13 mil baleias, ou seja, quase o dobro", contou Paulo Flores, biólogo Instituto Chico Mendes.
  

Estudo mostra que há canções de sucesso também entre as baleias

Cientistas não entendem o motivo, já que elas deveriam tentar se destacar.
Conclusão veio depois de 11 anos de pesquisa.


Baleia Jubarte é observada em Abrolhos, em julho deste ano (Foto: Banco de Imagens Instituto Baleia Jubarte)
Baleia Jubarte em Abrolhos (Foto: Banco de
Imagens Instituto Baleia Jubarte)

As baleias jubartes ou corcundas (Megaptera novaeangliae) também produzem seus sucessos musicais e as canções mais pegajosas são as preferidas pela espécie, assinala um estudo australiano divulgado nesta quinta-feira nos Estados Unidos.
Os machos são os únicos que as cantam, talvez na esperança de cativar uma fêmea, de acordo com o estudo publicado na revista "Current Biology".
Se houver uma versão do "rei do pop" Michael Jackson entre as baleias, ele provavelmente reside no litoral leste da Austrália, porque é onde sempre se origina a melodia mais popular da temporada, segundo os pesquisadores.
O hit depois viaja ao longo do Pacífico Sul, da Austrália à Polinésia Francesa, expandindo-se entre os distintos grupos de baleias, que começam a cantar a mesma melodia durante a época da cria.
Como acontece com as canções da moda, essas melodias não são muito originais, mas parecem "pegar" facilmente, explicou a pesquisadora Ellen Garland, da Universidade de Queensland.
O estudo, realizado ao longo de 11 anos, acrescenta que ainda é um mistério por que todas as baleias cantam a mesma canção quando seus esforços deveriam estar destinados a destacar-se ante o grupo.

Fonte:http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/

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