O IMPROVÁVEL EM VARANDAS : UM RESULTADO PAISAGÍSTICO INCRÍVEL



  (Foto: Pedro Abude)

O improvável em varandas

Treliça com bandejas, floreiras em cascata e até pérgola. Veja quatro varandas com propostas inusitadas e resultados surpreendentes.



Nas alturas
Os proprietários desta cobertura, em Perdizes, São Paulo, queriam um espaço aconchegante e com muitas plantas, mas o tamanho módico de 10,70 m² era um empecilho para a paisagista Susana Udler. A solução foi explorar as paredes, criando um jardim vertical incomum. Para esconder as vigas de concreto, ela usou placas de fibra de coco recheadas de ripsális. A janela lateral, que dá vista ao prédio vizinho, foi substituída por um vidro leitoso e nela foram instaladas floreiras de resina presas a suportes de ferro. As duas fileiras, com seis floreiras cada uma, receberam bromélias fireball, temperos e as suculentas dedo-de-moça e rosa-de-pedra. A jardineira de madeira de demolição em forma de “L” com bromélias, azulzinhas, um pé de romã e ixoras preenche a área correspondente às janelas. Logo abaixo, ficam os bancos-baú com rodízios, que servem para armazenar as ferramentas do jardim.
XX (Foto: Pedro Abude)
 

 
  (Foto: Pedro Abude)
Sacada original
Um lugar para expor orquídeas foi a única exigência da moradora. A paisagista Paula Galbi, em contrapartida, resolveu ir além do pedido ao resgatar um item comum em jardins, mas dificilmente visto 

em varandas: a pérgola. Sua base, em forma de caixa, foi recheada com heras. A treliça de cumaru 
serve de apoio para as trepadeiras jasmim-da-índia e lágrima-de-cristo e desce pela parede, dando suporte aos vasos com orquídeas. Graças aos generosos 10 metros de comprimento da varanda em Santo Amaro, 
São Paulo, 12 vasos de diferentes tamanhos se espalham sem comprometer o espaço, formando uma composição com laranja-kinkan, camélia, jabuticabeira, minigardênia, triális, manacá, lavanda, romã e um 
pé de café.
  (Foto: Pedro Abude)
 

 
  (Foto: Pedro Abude)
Sala cheia
A varanda no Campo Belo, São Paulo, deveria ser tropical e propícia para receber os amigos. Partindo disso, a paisagista Juliana Freitas integrou o espaço com a sala e instalou módulos de cumaru, que criam um desenho no piso e cobrem toda a extensão da varanda de 19 m². O nicho onde ficava a pia da churrasqueira foi transformado em um jardim vertical, feito com blocos de cerâmica. “Usei bromélias, samambaias, coluneias e asplênios”, diz Juliana. Para ampliar o verde, a paisagista instalou espelhos nas laterais. Nos vasos de cerâmica vietnamita, bromélias fireball. Do outro lado, ela criou um painel treliçado com bandejinhas, que acomodam pequenos vasos com temperos e podem ser levadas direto para a cozinha. Nas laterais do painel, pau-d’água e alpínia. Logo abaixo, lavanda. Nos vasos vietnamitas, romãs.

  (Foto: Pedro Abude)
 

 
  (Foto: Pedro Abude)
Em volumes
A missão do paisagista Marcelo Bellotto era criar um espaço com plantas, mas que também fosse um prolongamento da sala. Para isso, ele revestiu o guarda-corpo de madeira e criou dois patamares na varanda de 30 m², no Alto de Pinheiros, em São Paulo. O do lado esquerdo, mais alto, se transformou em um espaço para leitura, com futon e revisteiro embutido na marcenaria. Ao lado, uma enorme clúsia de folhas largas traz espadinhas variegadas na base. Já o platô do lado direito, mais baixo, guarda três grandes vasos, com pata-de-elefante e aspargos. O piso de cerâmica foi sobreposto por grandes placas de mármore e o recorte rente ao guarda-corpo foi preenchido com seixos, que servem de apoio para os três vasos com tostão e orquídeas. Ao lado deles, maranta.

XX (Foto: Pedro Abude)
Fonte:http://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Paisagismo/Varanda/noticia/2013/05/o-improvavel-em-varandas.html

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