CÃES E GATOS IMITAM HÁBITOS DOS DONOS

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Cães imitam os donos


Ah, olha só, isso não é só coisa de gato. Os cachorros também imitam o que os donos fazem.
Um grupo de pesquisadores da Universidade Eötvös Loránd, na Hungria, treinou oito cachorros para ver  mesmo se eles imitam ou não o que a gente faz. Primeiro, os donos tiveram de ensinar: fizeram algo (tipo enfiar a cabeça num balde que estava no chão, ou andar em volta de um cone) e, alguns segundos depois, deram a ordem “faça como eu”. Fizeram o teste 19 vezes, com tarefas diferentes e em intervalos maiores (os cães tinham de imitar a ação até 10 minutos depois que os donos haviam feito). Em algumas situações, até levavam o cachorro para longe do cone (ou do balde). E, em todas as tentativas, os bichinhos refizeram os passos do dono.
Segundo a pesquisa, isso mostra que os cães têm memória declarativa – memória de longo prazo sobre fatos e eventos que podem ser relembrados conscientemente. “Eles fazem isso [nos imitar] naturalmente, porque são predispostos a aprender socialmente com a gente”, explica Ádám Miklós, um dos pesquisadores.
Espertinhos, não? Vai ver é por isso que eles gostam tanto de dormir na sua cama. Só estão te imitando…
Crédito da foto: flickr.com/themacinator

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Cães veem os donos como se fossem seus pais


Que fofura. E como você é o pai, claro, seu cachorro age como se fosse uma criança – mesmo se ele já estiver velhinho.
Foi o que 22 cachorros mostraram numa pesquisa liderada pela veterinária Lisa Horn, da Universidade de Viena, na Áustria. Ela os separou em três grupos: um terço ficaria sem o dono, enquanto os outros estariam acompanhados por eles – só que parte dos donos deveria se manter em silêncio, e outra parte deveria encorajar os cães a fazer as atividades. E tudo o que os bichinhos precisavam fazer era interagir com alguns brinquedos. Em troca, ganhariam comida.
Os cachorros que estavam com os donos passavam muito mais tempo brincando. Nem a comida servia para motivar os cães ‘abandonados’.
A pesquisadora refez o teste, mas dessa vez os donos foram substituídos por pessoas desconhecidas. Nenhum dos cães mostrou muito interesse pelos brinquedos.
Segundo Horn, os testes são suficientes para provar a existência da “área de segurança”. Ou seja, os cães se sentem mais seguros, confiantes e confortáveis na presença dos donos. Sem eles, tudo parece mais perigoso – e sem graça. E é exatamente o que acontece na relação entre pais e filhos pequenos. “Esta é a primeira evidência da similaridade entre o ‘efeito de base segura’ encontrado na relação dono-cachorro e na criança-pai”, diz a pesquisa.
Pra quem tem um bichinho é fácil perceber isso, não? Quantas vezes você não disse por aí que seu cachorro age sempre como se fosse uma criança?
Crédito da foto: flickr.com/mfhiatt


Gatos imitam hábitos dos donos


Depois dizem que só cachorro se apega ao dono – e os amantes de gato dizem que isso é a maior balela do mundo. E eles estão certos.  Tanto se apegam (e observam) que imitam os hábitos dos donos. Ainda mais se saírem pouco de casa: quanto mais caseiro, mais parecido com o dono.
Quem desconfiou das semelhanças foi um grupo de pesquisadores da Universidade de Messina, na Itália. Eles analisaram o comportamento de 10 gatos. Cinco deles viviam numa casa pequena, mais perto dos donos. Já os outros gatos eram mais independentes, moravam em lugares grandes e passavam a noite fora de casa.
Aí eles observaram as rotinas dos donos: horários de almoço, jantar, quanto comiam, e que horas costumavam dormir e acordar. E compararam com as manias dos felinos. Segundo a pesquisa, os mais independentes não pareciam se importar muito com o dia-a-dia das pessoas. Mas quem vivia mais perto dos donos seguia quase a mesma rotina. Dormiam e comiam nos mesmos horários – e até engordavam junto com os donos.
“Os gatos observam e aprendem com a gente, notam os padrões das nossas ações”, explica a pesquisadora Jane Brunt. “É sempre interessante quando ouço história de gatos que usam a caixinha de areia quando os donos vão ao banheiro”. Bonitinhos, não?
Crédito da foto: flickr.com/gattomimmo

Fonte:http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/

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