AÇÃO HUMANA FORÇA ANIMAIS A FICAREM MAIS ESPERTOS




Ação humana força animais a ficarem mais espertos


Alguns mamíferos vêm ficando mais espertos para sobreviver num mundo dominado pela espécie humana, sugere estudo realizado por pesquisadoras dos Estados Unidos e publicado no periódico Proceedings of the Royal Society B. Emilie Snell-Rood e Naomi Wick mediram os crânios de exemplares de dez espécies, como ratos e morcegos, em esqueletos coletados ao longo dos últimos 100 anos em Minnesota. O resultado foi de que, em seis espécies – duas urbanas e quatro rurais – a capacidade craniana, o volume que acomoda o cérebro, aumentou no período.
As autoras usam capacidade craniana como um modo indireto de medir a “plasticidade comportamental” – a capacidade do animal de adaptar seu comportamento a situações novas. A tese original das autoras era de que os animais urbanos teriam um ganho de capacidade craniana maior que os rurais ao longo do período analisado, mas isso só se confirmou em duas das dez espécies estudadas. Mesmo assim, as autoras concluem que o aumento deve ter sido estimulado pelas pressões evolutivas do ambiente urbano, criado pelo homem.
No caso do aumento da capacidade dos animais rurais, as pesquisadoras ponderam que a paisagem rural de Minnesota também foi amplamente modificada pela ação humana nos últimos cem anos, com a destruição de florestas pela atividade madeireira e a conversão de matas nativas em terra agrícola.
O aumento pronunciado na capacidade craniana de mamíferos urbanos, em comparação com os rurais, aconteceu em espécies com alta taxa de fecundidade, diz o artigo, que cita uma série de estudos anteriores “consistentes com a ideia de que espécies capazes de grande reprodução podem mostrar uma resposta evolucionária mais pronunciada em ambientes urbanos”.
03/09/2013 — eco4u
Fonte: Jornal da Unicamp

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