"AMAZÔNIA MUNDI" RECRIA O MAIOR TERRITÓRIO DE BIODIVESIDADE DO MUNDO,EM CARTAZ NO SESC ITAQUERA-SÃO PAULO



Um dos mais importantes patrimônios naturais do planeta, a floresta amazônica é tema de uma grande exposição em cartaz no Sesc Itaquera: “Amazônia Mundi” recria o imaginário do território considerado o território de maior biodiversidade  do planeta, em meio a seus encantos e mistérios.  Até 10 de maio, de quarta a domingo, com entrada até 7 reais.

O pulmão do mundo

Em uma verdeira aventura pela Amazônia, os visitantes se deparam com igarapés, rios e os sons da natureza. Assim, reunindo instalações, murais, fotos, vídeos, vitrines e ambientes com história, lendas e mitos sobre a região, a exposição Amazônia Mundi proporciona a oportunidade de viajar na realidade da floresta.

A exposição

Amazônia Mundi traz para a unidade Itaquera uma cenografia inédita, resultado de um trabalho iniciado em 2002, no Sesc Pompeia, com o projeto Amazônia Br, que percorreu o mundo em 11 montagens nos últimos 10 anos, e foi visto por 1,5 milhão de pessoas.
Além de aproximar o público do patrimônio amazônico e instigar a curiosidade, a exposição pretende provocar a responsabilidade em relação a ele. Com mais de 1.200m², a Amazônia Mundi é uma das mais importantes exposições sobre a região amazônica – que traz ao público a experiência de viajar pela maior biodiversidade do planeta e conhecer o chamado “Brasil profundo”.
 
Foto: Ricardo Oliveira
 
 
Com proposta de trazer a experiência de viajar pela maior biodiversidade do planeta, a exposição Amazônia Mundi pretende sensibilizar o público para realidades ainda pouco conhecidas da região, que possui um patrimônio humano, artístico, social e biológico incalculável.
Com mais de 1.200 m², divididos em 2 espaços da unidade (área externa e galpão), a exposição conta com uma Vila Amazônica, esculturas gigantes de animais da região, instalações artísticas que aludem à floresta suspensa e ao ciclo das águas ("rios voadores") e uma oca construída por índios Wayana. A visitação permite a observação fugaz de animais e sons escondidos na “floresta”, além das constelações do céu, vistas por diferentes culturas indígenas. A destruição da Amazônia, em decorrência do modelo atual de consumo e desenvolvimento, também é lembrada por meio da instalação "Amazonfagia".
A trilha sonora do espaço expositivo, concebida por Alvise Migotto, recria sons de pássaros, insetos, vento e chuva, que compõem cada ambiente de uma forma diferente.
Em montagem inédita, a exposição Amazônia Mundi acumula a experiência de outras 12 montagens que percorreram dez países e foram vistas por cerca de 1,5 milhão de pessoas.

 *Para a experiência completa, a entrada na exposição deve ser realizada com até 30 minutos antes do encerramento.

AGENDAMENTO GRATUITO PARA GRUPOS:

Telefones (11)2523-9286 / 2523-9287 ou e-mail
amazoniamundi@itaquera.sescsp.org.br


Uma viagem pela Amazônia, no Sesc Itaquera
Foto: Paulo NevesFoto: Paulo Neves
A realidade pouco conhecida da maior biodiversidade do planeta é tema da exposição Amazônia Mundi, de 30/nov/2013 a 10/mai/2015

“Na Amazônia, os animais são mais livres e tem muitos índios”, arrisca o menino de olhos atentos. “Lá a mata é bem grande, e fechada”, opina o outro. O grupo forma uma roda e contam ao monitor o que sabem sobre aquela região. Todos sentados, frente a um barracão comunitário de uma vila amazônica, instalado em meio ao Sesc Itaquera. E a viagem pela exposição Amazônia Mundi, começa assim.
Na ausência da luz, os animais aparecem. Tem pássaros, cujos sons tomam conta do ambiente. Olha os peixes no chão, e o macaquinho lá em cima! Tem também as serpentes e os insetos. E as cores preenchem, de vez, a escuridão daquele túnel. No céu, as constelações formam os desenhos que existem na imaginação de quem vê - para o menino da cidade, um escorpião; para o índio, a anta. Voando sobre as árvores, nos sentimos pequenos, ante a imensidão da Amazônia.
“Tem uma oca de verdade ali!”, e foi construída pelo povo Wayana. O Livro das Árvores, de Jussara Gruber, é pintura na parede. Tem a Árvore Ticuna, a Árvores dos Pássaros e outras formas de explicar os fenômenos da natureza. A pintura do banco tukano é como o couro da cobra-canoa, que carregou a humanidade em seu bojo, na origem do mundo. Com um toque dos dedos, o visitante interfere no ciclo das águas. Faz enchente, faz seca, faz rio voador. Assim como as variações climáticas da região.
“Mas e aquela casa ali? Tem casa na Amazônia?”, impressiona-se a menina. Sim, tem. É a casa dos caboclos (caá-boc = aquele que vem do mato). Tem antena parabólica, bicicleta, panelas, utensílios de cozinha, fotografias. Uma vela na mesa, uma imagem de Jesus e Maria pregada acima da porta. É a fé de um povo que resiste aos sucessivos processos de ocupação daquelas terras. Pela janela, um igarapé. A vegetação, as águas, os cheiros e os sons dão o tom realista à cenografia. As cores do mercado Ver-o-Peso também estão aqui, nas garrafadas para todos os gostos - do agarradinho à dor-de-corno, assim como nas inúmeras formas e texturas de sementes da região. Os pés descalços são bem-vindos na piscina de tento-vermelho.
A destruição da região amazônica em decorrência do modelo atual de consumo, também é lembrada. Caminhões andando pra lá e pra cá, enquanto equipamentos comuns ao nosso dia-a-dia são produzidos. No vídeo, a faca que corta a seringueira, parece cortar a carne dos índios acorrentados. Será esse o preço do desenvolvimento?.

Foto: Ricardo Oliveira

São mais de 1200m² de uma experiência única. A primeira montagem foi realizada em 2002, no Sesc Pompeia, ainda como Amazônia.br. “O trabalho ganhou maturidade nesses 10 anos. Depois das exposições anteriores percorrerem França, Suíça, Alemanha, EUA, Japão, Cingapura, Coréia do Sul e México, afinamos nossas percepções e criamos um novo olhar para questões fundamentais sobre esse território de conhecimento. Ali na floresta, a ciência mais apurada e a sabedoria intuitiva do homem podem convergir para um novo mundo de convivência pacífica. Essa exposição é mais que uma mostra. É uma convocatória para nos conectarmos e integrarmos à Amazônia”, explica Anna Claudia Agazzi, curadora da exposição.

O Sesc Itaquera é a unidade apropriada para receber um projeto com esta temática, porque possui 350.000 m² de muita área verde. “A exposição Amazônia Mundi é uma continuidade do processo de reflexão que o Sesc busca trazer ao seu público de forma aprofundada e lúdica. Importante como oportunidade de conhecermos melhor a população da região e reconhecê-los como parte do nosso conjunto humano, e à sua diversidade de fauna e flora como patrimônio brasileiro, sempre com o intuito de preservar, mas especialmente, de valorizar os aspectos socioculturais das regiões que formam este país”, afirma Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc.

Por meio da hashtag #Amazoniamundi nas redes sociais, o Sesc convida cada visitante a compartilhar sua própria conexão com esse universo. A descobrir a Amazônia que existe em cada um de nós.





FICHA TÉCNICA DA EXPOSIÇÃO

Coordenação Geral José Carlos Monteiro Supervisão Técnica Deborah Dias Matos, Chrystian Paixão Secretaria Administrativa Raphael Rodrigues, Nivaldo Troiano Revisão de Conteúdos Denise Minichelli Marçon, Denise S. Baena Segura, Marina Marcela Herrero, Deborah Dias Matos, Guilhermo Bonini Panebianco, Regina Siqueira da Silva Assessoria de Imprensa Marina Reis Editoria Online André Venâncio Produção Gráfica Tina Cassie Concepção e Produção Artística Fare Arte Curadoria Anna Claudia Agazzi Direção de Criação e Arte Anna Claudia Agazzi, Alvise Migotto, Aurélio Michiles, Carolina Rozin, Guilherme Rossi, Lala Deheinzelin, Marcelo Barbosa Projeto Cenográfico e Cenotécnico Guilherme Rossi Projeto Arquitetônico Guilherme Rossi, Valentina Mion, William Cavalcante Projeto de Sonorização Alvise Migotto Curadoria de Imagens Aurélio Michiles e Carolina Rozin Curadoria de Cinema e Direção de Arte da Instalação “Via Látex brasiliensis” Aurélio Michiles Direção de Arte dos Vídeos “Do imaginário à realidade” Carolina Rozin Direção de Arte da Área de Futuros Lala Deheinzelin Trilha Sonora Alvise Migotto Conteúdos e Textos Anna Claudia Agazzi, Alvise Migotto, João Meirelles Filho Pesquisa de Imagens Magali Martucci, Ana Gabriela Fontoura, Carolina Rozin Pesquisa e Seleção de Produtos e Objetos Yeda Oliveira Projeto Gráfico e Comunicação Visual Marcelo Barbosa Projeto Luminotécnico Guilherme Rossi Tratamento e Edição de Vídeos João Pavese, Álvaro Ávila Elementos Cenográficos Robson Ruy, ZoomB, Ciência Prima, Mata AMP, Usina Maquetes Consultoria Técnico Científica Ulysses Fernandez, Maria Luisa da Silva, Márcio Oliveira Adereços Especiais Antonio Carlos de Moraes, Luiz Fernando Onofre, Leonardo Dominguez, Edivan Pedro da Silva, Fabio Dromboski, Ricardo Donadio, Luiz Andrade Silva, Vanessa Bohn Costa Ilustrações Adriana Santos, Angela León, Eber Evangelista, Juliana Russo, Líbero Malavoglia, Tomas Sigrist, Willian Cavalcante, Valentina Mion Fotografia Adriano Gambarini, Alice Fortes, Aloisio Cabalzar, Ana Mokarzel, André Michiles, Andreas Valentin, André Villas Boas, Antoine Olivier, Antonio Fausto, Aráquem Alcântara, Ayrton Vignola, Camila Gauditano, Carlos Penteado, Emmanuel de Vienne, Guilherme Rossi, Geraldo Ramos, Haroldo Palo Júnior, José Anselmo D’Affonsêca, Luciano Eichholz, Lula Sampaio, Luis Fernando Cardoso, Margie Moss, Marina Herrero, Maurício de Paiva, Paulo Neves, Paulo Santos, Phillip Klauvin, Rafael Pinheiro Araújo, Renato Soares, Ricardo Oliveira, Rodrigo Petrella, Silvestre Silva, Silvino Santos, Thiago Ferreira, Ulysses Fernandez, Vincent Carelli Conteúdos e Acervos Especiais ECAM, FUCAPI, FVA, FAS, IBAMA, IDESAM, ICMBio, IEB, Instituto Mamirauá, INPA, INPE, ISA,  Museu Emilio Goeldi, IEF – Governo do Amapá, Instituto Peabiru, Associação Apiwa, LoBio/UFPA, OGPTB, Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará (Malungu), Paratur, Royal Goegraphical Society, Vídeo nas Aldeias, Unesp, Unicamp Cenotecnia dos Espaços Expositivos Entre Produções Textos e peças gráficas TG3 Design e Conteúdo Consultoria para Acessibilidade Museus Acessíveis Audiovisual Phobus Sonorização e Iluminação Iluminação WPA Sonorização Loudness Controle de Acesso e Fluxo Virtual Gate Assessoria de Imprensa Arteplural Assessoria de Comunicação 




Local: Galpão de Exposições (área externa e interna).


(Imagem: Araquém Alcântara)


Fonte:http://www.sescsp.org.br/online/artigo/7187

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